Com 30 anos de atuação na área genética, o zootecnista Alexandre Zadra, especialista em cruzamento industrial, dá sua visão do futuro dos cruzamentos
Uso de raças continentais em cruzamentos tede a aumentar.
Por Alexandre Zadra – Zootecnista, especialista em cruzamento industrial, supervisor regional comercial da Genex e autor do blog Crossbreeding.
Sem querer ser o oráculo de Delfos, mas usando informações trazidas do campo, quero convidá-lo, caro leitor de DBO, a fazer uma reflexão sobre as tendências da cria sob o prisma da genética, que inexoravelmente passará pelo tema cruzamento industrial, levando em consideração alguns possíveis cenários. Há 30 anos trabalhando em empresas de inseminação artificial, constatei que o uso do cruzamento disparou nos últimos oito anos puxado pela IATF (Inseminação Artificial por Tempo Fixo).
Muitos criadores que não faziam IA, por falta de mão de obra treinada, passaram a adotar essa ferramenta primorosa, que, na visão de muitos profissionais e consultores, tem a mesma importância para a pecuária que o trator para a agricultura, porque provocou uma verdadeira revolução em nosso meio.
A inseminação é primordial para iniciar essa discussão sobre tendências genéticas em nosso rebanho, porque ela tornou viável o uso de raças europeias em matrizes zebuínas, visto que a monta natural, no sistema extensivo na região Centro-Norte do Brasil, se limita ao gado zebu e às raças taurinas adaptadas. Duas constatações relevantes mostram que essas taurinas são necessárias: elas fornecem carne mais macia e têm maior velocidade de ganho de peso do que as zebuínas, visto que animais “taurinizados” apresentam maior apetite.
O melhoramento normalmente pressupõe duas coisas: 1ª) A seleção de animais dentro de uma raça, o que requer tempo, obtendo-se ganhos genéticos para as características de interesse no decorrer das gerações; e 2ª) O cruzamento entre raças, buscando aliar a heterose com o metabolismo adequados para cada sistema de produção.
Quero agora me ater às possibilidades do cruzamento sob diversos cenários, dividindo as raças taurinas em europeus continentais (Charolês, Simental, e outras), europeus britânicos (Angus, Hereford e outras) e taurinos adaptados (Bonsmara, Caracu e Senepol). Diversos indicadores apontam para a expansão dessa prática, que traz benefícios inquestionáveis para o produtor. Vejamos alguns:
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