Governo de Mato Grosso aguarda chegada da Força Nacional

Agentes ajudarão no combate aos incêndios no Pantanal

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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Agentes da Força Nacional de Segurança Pública vão se somar aos bombeiros, brigadistas e voluntários que há meses lutam contra o fogo que já destruiu mais de 1,7 milhão de hectares do Pantanal, além de áreas em outros biomas presentes no estado. Segundo o governo estadual, o envio de 43 agentes da força especial para auxiliar no combate às chamas em todo o estado foi autorizado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, à qual a tropa federativa está subordinada.

Consultado, o Ministério de Justiça e Segurança Pública não confirmou o envio de agentes da Força Nacional, mas garantiu que fornecerá apoio ao estado, conforme o ministro André Mendonça prometeu aos governadores do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no final de semana.


Criada em 2004, inicialmente para apoiar o policiamento ostensivo em unidades da federação que solicitem auxílio, a Força Nacional é composta por policiais militares e civis, bombeiros e peritos cedidos pelas forças de segurança dos estados e do Distrito Federal.

O governo estadual formalizou o pedido de ajuda federal na manhã de ontem (21/9). O governador Mauro Mendes sustenta que o estado enfrenta “uma das piores ondas de incêndios dos últimos anos”, e que as chamas já atingiram cerca de 20% do bioma em território mato-grossense, ou 1,7 milhão de hectares. Cada hectare corresponde às medidas aproximadas de um campo de futebol oficial.

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Mato Grosso pede ajuda da Força Nacional no combate a incêndios que já atingiram 1,7 milhão de hectares

O secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, informou que os agentes da Força Nacional não atuarão apenas na região do Pantanal, mas também em áreas de Cerrado e da Amazônia, onde também há registro de focos de incêndio.

“Esses profissionais vão atuar onde houver necessidade, sob coordenação do Ciman”, disse o secretário, referindo-se ao Comitê Temporário Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman), instalado em 20 de julho para fortalecer o monitoramento, a prevenção, preparação e as ações de combate às queimadas e aos incêndios florestais.

Além de bombeiros e membros de órgãos do governo mato-grossense, o Ciman reúne representantes dos institutos Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Chico Mendes de Biodiversidade (ICMbio); das Forças Armadas e os servidores de outros estados que apoiam o combate às chamas em Mato Grosso.

“Assim que os integrantes da Força Nacional chegarem, eles serão inseridos no sistema gerencial que utilizamos aqui em Mato Grosso e, a partir disso, poderemos designar em quais demandas estes profissionais podem atuar”, disse o coordenador do comitê, o tenente-coronel dos Bombeiros, Dércio Santos da Silva.

Chuva

No domingo (20/9), a chuva que atingiu algumas regiões de Mato Grosso contribuiu para o trabalho dos brigadistas, bombeiros e voluntários. Segundo o Ciman, a precipitação reduziu à metade o número de focos de incêndio registrados na véspera.

A estiagem no estado já durava quatro meses. A vegetação seca, a baixa umidade e as temperaturas elevadas contribuem para que o fogo se espalhe rapidamente, dificultando a ação de combate e controle das chamas. O descontrole dos incêndios florestais motivou o governo estadual a, no último sábado (19/9), decretar estado de calamidade. Na ocasião, o governador Mauro Mendes afirmou que quem incorrer em crimes ambientais será identificado e responsabilizado.

A Polícia Judiciária Civil instaurou inquéritos para apurar as causas dos incêndios. Peritos da Delegacia de Meio Ambiente (Dema) já atestaram que alguns dos focos que se espalharam pelo Pantanal mato-grossense começaram de forma criminosa. Até o momento, no entanto, as autoridades locais não apontaram suspeitos.

De acordo com a Polícia Judiciária Civil, quem é responsabilizado em casos como esses pode ser condenado a penas de reclusão de dois a quatro anos, além de ter que pagar multas cujos valores podem variar entre R$ 1 mil e R$ 7,5 mil por hectare de vegetação afetada.

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