“A doença está se espalhando mais rapidamente do que esperávamos”, afirmou Wantanee Kalpravidh, que trabalha para a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Especialistas dizem que a situação da peste que atingiu fortemente plantel de suínos da China, deve piorar antes de melhorar. Nos últimos meses, autoridades do Japão, de Taiwan e da Austrália encontraram carne infectada em outros alimentos carregados por turistas.
Vietnã, Mongólia e Camboja já confirmaram a doença em planteis locais. Matthew Stone, vice-diretor geral da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) em Paris, classifica como alarmante o que se viu até aqui, e não descarta o risco de que a doença se espalhe ainda mais pela região. A dificuldade da China para conter a peste está relacionada à forma como os animais são criados no país – existem milhões de propriedades com menos de 500 animais, que frequentemente são alimentados com restos de comida que podem conter carne infectada com o vírus. O governo paga 1.200 yuans (US$ 179) por animal abatido.
Em fevereiro, o Ministério da Agricultura da China criticou e multou duas companhias por não reportarem infecções no tempo correto e por tentarem vender animais que não focam colocados em quarentena como necessário. Até mesmo grandes empresas vêm enfrentando dificuldades. A WH Group, maior produtora de suínos do mundo e proprietária da Smithfield Foods, sediada na Virgínia, teve de fechar um abatedouro chinês por seis semanas depois de um fornecedor levar suínos infectados para suas instalações.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO