Com boa resistência à seca, o híbrido de milheto pode ser pastejado em momentos críticos, garantindo ganhos entre 1,2 e 1,8 kg/cab/dia
Por Larissa Vieira
Os híbridos de milheto estão conquistando espaço na pecuária brasileira, devido à sua produtividade e versatilidade. De acordo com o engenheiro agrônomo José Antônio Matielo, a primeira variedade desenvolvida no Brasil surgiu em 2014 e uma das mais recentes é o ADRF 610 Valente.
“Trata-se de um híbrido com genética muito peculiar, pois suas linhagens parentais possuem características forrageiras, enquanto a maior parte das outras cultivares comerciais é oriunda de cruzamentos com linhagens graníferas, para diminuir o custo de produção de sementes. O Valente, contudo, é bom neste quesito mesmo tendo características forrageiras”, explica Matielo, diretor comercial da ATTO Sementes, empresa responsável pelo desenvolvimento do híbrido.
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Segundo ele, a vantagem do híbrido de milheto em relação às cultivares comuns é sua rapidez de crescimento e maior resposta à adubação/ fertilidade do solo. Em pastejo, o Valente apresenta entre 14% e 16% de proteína bruta; na forma de pré-secado, de 14% a 16%; e ensilado, entre 10% e 14%. É recomendado tanto para gado de corte quanto de leite, em pastejo rotacionado intensivo ou na forma de volumoso conservado. “Como forrageira tropical anual, o Valente garante alta produção de massa, com qualidade diferenciada, em comparação com outras gramíneas”, destaca.