As importações de trigo pela China na safra 2020/21 devem atingir 6 milhões de toneladas, estima o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês). O volume é 1,5 milhão de toneladas superior ao previsto anteriormente, e foi atribuído a indicações de maior demanda pela indústria.
Em relatório divulgado na terça-feira, 7, o governo dos EUA também elevou a estimativa de importação do cereal na temporada 2019/20 para 4,5 milhões de toneladas. Os dados aduaneiros do gigante asiático apontam para importação de 1,63 milhão de toneladas de trigo entre janeiro e abril de 2020, um crescimento de 30,7% em relação ao volume comprado no mesmo período do ano passado.
A produção local de trigo na temporada 2020/21 deve chegar a 134 milhões de toneladas, de acordo com o USDA, queda de 1 milhão de toneladas ante o estimado anteriormente. A revisão deve-se aos danos climáticos causados pelas fortes chuvas e ventos nas principais regiões produtivas da China antes da colheita.
Já a perspectiva para o consumo total de trigo na temporada 2020/21 foi elevada em 2 milhões de toneladas pelo governo dos EUA para 127 milhões de toneladas. O crescimento da demanda acompanha o maior uso do cereal para alimentação animal.
O relatório aponta que 19 milhões de toneladas de trigo devem ser utilizadas para produção de ração ao longo da safra, contra 17 milhões de toneladas previstas no levantamento anterior.
Com base na menor produção e no maior consumo de trigo para alimentação animal, o USDA prevê que os estoques do cereal chinês ao final de 2020/21 vão diminuir para cerca de 163,8 milhões de toneladas, 800 mil toneladas a menos do que o projetado no último relatório
