O Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) de julho subiu 1,5% em relação a junho, segundo a Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). O IIPR (Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais) subiu mais, 6,42%, no período.
“Em ambos indicadores a variação cambial teve influência no resultado”, disse a federação, que elabora o índice. “No caso do IICP, a recuperação do preço do petróleo, que segue sua trajetória de alta, também teve participação no resultado.”
No acumulado do ano, o indicador tem alta de 4,11%, ficando acima do IPCA, de 0,46%, destacou a Farsul. “A taxa cambial de 29% acumulada em 2020 foi o principal motivo da alta do índice. Ele só não foi maior em razão da queda de 50% no preço do petróleo no mesmo período. A tendência é de recuperação nos valores dos combustíveis e a manutenção da alta taxa cambial fazendo com que os custos se mantenham em trajetória de aceleração.”
Em relação ao IIPR, a taxa cambial e o bom desempenho das exportações sustentaram os preços da soja, arroz e suínos. Em 2020, o índice já acumula 32,13% e, em 12 meses, 47,48%. Neste ano o IPCA Alimentos chegou a 4,10% e, em 12 meses, 7,61%.
“A diferença ocorre porque, além dos fatores que impactam no IIPR, a baixa atividade econômica em decorrência das medidas de combate à pandemia afeta muitos produtos que compõe a cesta do IPCA Alimentos”, disse a Farsul.
