JBS entra no mercado de proteína cultivada

A empresa firmou acordo para aquisição do controle da empresa espanhola BioTech Foods

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A aquisição da BioTech Foods marca o ingresso da JBS no mercado de proteína cultivada, que consiste na produção de alimentos a partir de células animais, e inclui o investimento na construção de uma nova unidade fabril na Espanha para dar escala à produção.

Com a aquisição, a JBS também anuncia a implantação do primeiro Centro de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) em Proteína Cultivada do Brasil. No total, a JBS vai destinar US$ 100 milhões aos dois projetos.


Fundada em 2017, a BioTech Foods é uma das líderes no desenvolvimento de biotecnologia para a produção de proteína cultivada, contando com o apoio do governo espanhol e da União Europeia.

A empresa opera uma planta-piloto na cidade de San Sebastián e tem a expectativa de alcançar a produção comercial em meados de 2024, com a construção dessa nova unidade fabril. O investimento na nova instalação é estimado em US$ 41 milhões.

A BioTech Foods tem como fundadores Iñigo Charola, experiente executivo na área de vendas e marketing, e a PhD em física de materiais Mercedes Vila Juárez, uma das maiores especialistas do mundo no uso de materiais para biomedicina e vencedora, em 2010, do prêmio “Para Mulher na Ciência”, concedido pela Unesco e pela L’Oréal em reconhecimento por suas pesquisas. Charola ocupa a posição de CEO da BioTech e Mercedes, a de CTO da companhia.

Pelos termos da transação, a JBS se torna a acionista majoritária da BioTech Foods. A operação possibilita que as duas empresas unam forças para acelerar o desenvolvimento do mercado de proteína cultivada.

A companhia brasileira passa a ter acesso à tecnologia e à produção de proteínas da BioTech Foods, que, por sua vez, terá à disposição a capacidade de processamento industrial, a estrutura de marketing, know-how para o desenvolvimento de produtos e os canais de venda da JBS para colocar o novo produto no mercado.

De acordo com o comunicado da JBS, quando estiver em fase comercial, a proteína cultivada chegará inicialmente aos consumidores na forma de alimentos preparados, como hambúrgueres, embutidos, almôndegas, entre outros, com a mesma qualidade, segurança, sabor e textura provenientes da proteína tradicional.

A tecnologia tem potencial não apenas para a produção de proteína bovina, mas também para a de frangos, suínos e pescados.

Foto: Divulgação

“Esta aquisição reforça nossa estratégia de inovação, desde como desenvolvemos novos produtos até como comercializamos, para atender à crescente demanda global por alimentos. Unindo o conhecimento tecnológico com nossa capacidade de produção, seremos capazes de acelerar o desenvolvimento do mercado de proteína cultivada”, afirma Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.

A aquisição da BioTech Foods ainda está sujeita à confirmação da autoridade de investimento estrangeiro na Espanha, entre outras condições usuais a esse tipo de operação.

O movimento na Europa é complementado pelo Centro de Pesquisa em Proteína Cultivada no Brasil. Previsto para ser inaugurado em 2022, o centro incluirá na segunda etapa uma planta que irá ocupar uma área de 10 mil metros quadrados.

Liderado pelos doutores Luismar Marques Porto e Fernanda Vieira Berti, a iniciativa contará com cerca de 25 pesquisadores e vai trabalhar no desenvolvimento de tecnologias de ponta para a indústria de alimentos.

Dois dos maiores especialistas em bioengenharia do País, ambos os cientistas têm ampla experiência profissional e acadêmica internacional. Enquanto Porto já foi cientista visitante da Harvard University e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Fernanda tem passagem pelo Research Institute I3Bs, e criou uma startup incubada no Vale do Silício (EUA) com atuação na Europa que desenvolve produtos baseados em medicina regenerativa e células-tronco para o tratamento de animais.

Com o investimento no Centro de P&D, a JBS pretende desenvolver novas técnicas que acelerem os ganhos de escala e reduzam os custos de produção da proteína cultivada, antecipando sua comercialização no mercado.

“Estamos ampliando nossa plataforma global para atender às novas tendências de consumo e ao crescimento da população global. A aquisição da BioTech Foods e o novo centro de pesquisa colocam a JBS numa posição única para avançar no setor de proteína cultivada”, complementa Tomazoni.

Líder em bovinos, suínos e frango, a JBS fez outros movimentos importantes ao longo de 2021 para ampliar sua atuação em outras proteínas: adquiriu a holandesa Vivera, maior produtora de plant-based independente da Europa, e acaba de concluir a aquisição da Huon, segunda maior produtora de salmão da Australia. A proteína cultivada chega para complementar esse portfólio.

Fonte: Ascom JBS

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