A subsidiária da brasileira JBS nos EUA reduziu o valor de seu produto em mais de US$ 1 por libra para ganhar quase US$ 78 milhões em contratos de venda de carne suína oferecidos por meio de um programa federal de incentivo lançado para ajudar os produtores norte-americanos prejudicados pelas disputas comerciais com a China, México, Canadá, entre outros parceiros.
Uma análise dos contratos de compra de carne suína concedidos pelo programa de subsídios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) constatou que a JBS norte-americana conquistou a maior fatia dos negócios,a oferecendo preços médios significativamente abaixo dos valores ofertados pelas empresas concorrentes, de acordo com relato de agências internacionais.
Realizada pelo Midwest Center for Investigative Reporting, organização sem fins lucrativos, a análise concluiu que a JBS norte-americana ofereceu uma média de US$ 2,56/libra por cortes de lombo de cinco quilos, em comparação com a oferta média de concorrentes de US$ 3,80/libra, informou a agência Associated Press.
A análise verificou que a JBS USA fez uma oferta de preços 33% menor nos contratos, prejudicando seus concorrentes, como a Tyson Foods, a segunda maior processadora de carnes dos EUA, relatou a agência norte-americana.
Com isso, a JBS USA teria abocanhado 26% (US$ 78 milhões) dos US$ 300 milhões que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) alocou até o momento para a compra de carne suína, segundo o relatório.
A JBS norte-americana possui mais de 300 unidades de operação de suínos nos Estados Unidos. A empresa expandiu sua participação no mercado norte-americano na última década, comprando as empresas Swift & Co., Smithfield Beef Group Inc., Pilgrim’s Pride e Cargill’s Pork, além de outras aquisições no exterior.
