A JBS USA, subsidiária norte-americana da brasileira JBS, anunciou que pretende remover o aditivo alimentar ractopamina de seu sistema de produção de suínos para aumentar as oportunidades de exportação, informou a agência Reuters. A iniciativa tem como alvo principal o mercado da China, maior consumidor mundial de carne de porco e que proíbe o consumo de produtos oriundos de animais alimentados com a ractopamina, um promotor de crescimento.
“Estamos confiantes de que essa decisão trará benefícios a longo prazo para nossos parceiros produtores e nossa indústria, garantindo que os produtos suínos dos EUA possam competir de forma justa no mercado internacional”, afirmou a JBS USA em comunicado. Segundo a empresa, a ractopamina não é utilizada em seu sistema próprio de produção desde 2018. Agora, a companhia também proibirá o uso do aditivo nas dietas de porcos pertencentes a produtores que vendem os animais para companhia.
A unidade da JBS nos EUA, com sede no Colorado, comercializa carne de porco sob marcas como Swift e Swift Premium.
Peste suína
Essa nova decisão da JBS norte-americana foi motivada sobretudo pelos surtos da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) na China, que dizimaram o rebanho de porcos no país asiático. Algumas outras indústrias de carne dos EUA também já não utilizam a ractopamina. Outras estudam a sua retirada da dieta.
A Smithfield Foods, de propriedade do Grupo WH da China, cria todos os seus suínos em fazendas próprias sem o aditivo alimentar. A Tyson Foods, outra forte corrente da JBS USA, disse anteriormente que estava procurando diversificar sua oferta de suínos para incluir produtos sem a ractopamina, de acordo com a Reuters.