O pecuarista Tommaso Mambrini, de 83 anos, morreu na última sexta-feira, 5 de março, em São Paulo, SP. Ele estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, na capital paulista, e faleceu devido a uma pneumonia. Mimmo, como era conhecido no meio agropecuário, deixou dois filhos e cinco netos.
Nascido na Itália, Mimmo Mambrini foi proprietário da Fazenda Onça Parda, em Campo Mourão, no Paraná, onde se dedicou à pecuária e agricultura por quase 40 anos. Ao longo deste tempo, selecionou animais que se destacaram em pistas de julgamentos e leilões. Além disso, seu trabalho no cruzamento industrial com o Nelore tornou-se uma referência na região.
Dez raças bovinas passaram pelas mãos do exigente criador italiano: Nelore, Guzerá, Chianina, Simental, Blonde d’Aquitaine, Pardo-Suíço, Holandês, Angus, Limousin e Charolês.
“Trabalhamos juntos por cerca de 25 anos, acompanhando os leilões, eventos e exposições, além de atividades relacionadas à nutrição animal, acasalamentos e melhoramento genético do plantel. Mimmo era extremamente organizado e produzia diversas planilhas que, mais tarde, ajudaram a desenvolver programas de melhoramento zootécnico em gado de corte”, conta o engenheiro agrônomo e zootecnista, Filelfo de Carvalho Magliocca, conhecido como Grego.
“Foi a primeira pessoa que se notabilizou por selecionar mais de uma raça, tanto que nosso primeiro leilão se chamava ‘Multi-raças’. Na década de 1990, tínhamos conhecimento e tecnologia para desenvolver qualquer raça que o mercado estivesse à procura. Por isso, Mimmo sempre foi um visionário e fazia as coisas acontecerem…”, revela Grego.
As últimas homenagens a Mimmo Mambrini ocorreram em sua fazenda no município paulista de Pindamonhangaba. Seu corpo foi cremado em 8 de março, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.