Depois da Minerva e da JBS divulgarem os seus resultados trimestrais, foi a vez da Marfrig Global Foods apresentar o seu desempenho financeiro nos primeiros três meses deste ano, reportando lucro líquido de R$ 4,3 milhões, ante o prejuízo de R$ 202,7 milhões em igual período do ano passado. A Marfrig é a maior agroindústria de carne bovina do mundo, atrás apenas da JBS.
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Assim como foi relatado pela JBS, a valorização do dólar frente ao real foi um dos fatores responsáveis pelo aumento do faturamento líquido da Marfrig, que cresceu 7,6% no período trimestral, para R$ 10,1 bilhões, na comparação com a receita obtida em igual intervalo de 2018, de R$ 9,4 bilhões.
Também impulsionou o resultado trimestral da companhia o bom desempenho de suas unidades instaladas na América do Norte. Nessa região, a Marfrig registrou lucro bruto de US$ 171 milhões (ou R$ 643,8 milhões) no primeiro trimestre deste ano, com elevação de 18,6% na comparação anual.
“O aumento de exposição nos Estados Unidos, com a aquisição do controle da National Beef há cerca de um ano, mostrou-se efetivo”, disse o CEO da Marfrig, Eduardo Miron, em comunicado. Na América do Sul, porém, o lucro bruto da companhia caiu quase 30%, para R$ 279 milhões no período trimestral.
Segundo a empresa, no Brasil, o aumento dos preços do boi gordo no mercado doméstico brasileiro, aliado à dificuldade de escoamento da carne atacado, estiveram entre os principais fatores negativos no trimestre.
Porém, devido sobretudo à crescente demanda chinesa pelas carnes brasileiras (impulsionada pelos surtos da peste suína africana na Ásia), a Marfrig prevê recuperação nas operações brasileiras nos próximos meses do ano.