Mato Grosso premia Boi-China com até R$ 10,50 a mais por arroba

Demanda da indústria frigorífica exportadora faz preço do boi subir de patamar

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O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que faz parte do sistema Famato, lançou um novo  indicador de prêmios, o Boi-China a prazo, para acompanhar as cotações desse tipo de animal demandado pela indústria exportadora. O Imea identificou, na terceira semana de maio, que os maiores valores pagos aconteceram na região sudeste do Estado. O preço médio foi de R$ 10,50 a mais pela arroba de boi gordo. O Boi-China é um animal de até 4 dentes (30 meses), que cumpre os requisitos de embarque.
Desde janeiro, a indústria frigorífica em Mato Grosso exportou um volume 10% superior em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e abril deste ano foram vendidas 113,1 mil toneladas de carne bovina ao exterior, por US$ 496,1 milhões. Entre janeiro e abril de 2019 foram exportadas 102,8 mil toneladas, por US$ 368,4 milhões.
Frigoríficos de Mato Grosso buscam pelo Boi-China.

A demanda do Boi-China permanece firme em maio e explica a diferença de preço com o boi não destinado a esse mercado. Em todo o Mato Grosso, a média da variação de preço está em torno de R$ 9,97. Em relação aos preços do boi comum, as cotações ficaram estáveis no comparativo semanal, mas com espaço para altas na próximas semanas. De acordo com o Imea, “uma vez que quando se observam os valores equivalentes da arroba vendida pelos frigoríficos (incluindo couro, cortes desossados e coprodutos) a margem em relação à arroba paga ao produtor só tem aumentado. Isso indica sustentação do mercado”.

O preço médio do boi gordo comum, à vista, está em R$ 169,13, valor 0,03% acima da segunda semana de maio. O preço máximo de R$ 171, como média de mercado, foi observado na região de Juara.


Entre os pecuaristas não há consenso sobre a base econômica para essa diferença. Isso porque a arroba, que vinha em uma curva ascendente de preços, tem sofrido uma forte pressão baixista. “O Boi-China não está sendo bonificado. O não-China que está tendo deságio”, afirma o pecuarista Cristino Prata Rezende, o Kiko da Leilopec. “Isso pode ser, muito bem, manobra de frigorífico para aumentar a oferta de boi.”

Humberto Tavares, de Goiás

Na outra ponta, o pecuarista Humberto Tavares, da fazenda Sucuri, em Goiás, afirma o contrário. “Muito bem-vinda esta diferença. Há 10 dias abati um lote totalmente a pasto, que deu 94% China. Gado comercial de boa genética, mas sem grandes firulas”, diz ele. “Resumindo: boa genética ajuda muito, e acredito que esta é uma tendência forte: nicho ganhando algo mais, e feijão-com-arroz sofrendo descontos. Nos EUA, o spread é violentamente maior.”

 

 

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