Mercado continua dando preço, mas não tem boi na praça

Frigoríficos continuam com muita dificuldade de encontrar boiadas prontas e negócios no mercado físico se arrastam em todo o País

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Nas praças paulistas, segundo apurou a Scot Consultoria, a pouca oferta de animais terminados segue ditando o rumo do preço da arroba, que subiu novamente nesta terça-feira (26/1). O boi gordo vale R$ 300/@ em São Paulo (valor bruto e a prazo), um acréscimo de R$ 3/@ em relação ao preço da última sexta-feira. As cotações das fêmeas destinadas ao abate tiveram alta ainda mais forte nesta terça-feira, informa a Scot, alcançando R$ 282/@, o que representou valorização diária de R$ 5/@. Veja os preços atuais de machos e fêmeas nas principais praças pecuárias do País ao final deste texto. 


Conforme dados levantados pela IHS Markit, o volume de negócios efetivados nesta terça-feira no mercado físico do boi gordo foi extremamente baixo. Essa morosidade, diz a consultoria, está associada ao forte quadro de escassez de oferta de boiada gorda e à dificuldade das indústrias frigoríficas em compor adequadamente as suas escalas de abate, mesmo oferecendo valores mais elevados na arroba.

Além do atraso na terminação de gado a pasto por causa das chuvas tardias, os pecuaristas estão retendo fêmeas por um período maior em função dos elevados preços dos animais de reposição, relata a IHS. “O típico descarte de vacas em começos de ano não está ocorrendo como anteriormente e, paralelamente, a terminação via cocho foi prejudicada devido aos altos custos com nutrição animal, impulsionados pelos preços recordes do milho e da soja no mercado brasileiro”, justifica a consultoria.

Pelo lado dos compradores de boiadas, a estratégia dos frigoríficos é tentar resistir à forte especulação altista, cadenciando o ritmo de suas aquisições, de olho no comportamento do mercado doméstico de carne bovina, que segue enfraquecido pelo baixo poder aquisitivo da população. Crescem os relatos de unidades de abate optando por novas paralizações temporárias por dificuldade em obter matéria-prima, informa a IHS Markit. As margens operacionais das indústrias frigoríficas estão apertadas e, alguns casos de até negativas, em função da dificuldade de repasse adequado dos custos à carne, observa a consultoria.

Giro pelas praças

Entre as praças da região Centro-Sul, o mercado registrou novas altas na arroba do boi gordo no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Além da firme demanda das indústrias locais, há uma forte presença de compradores de gado de outros Estados, relata a IHS. A demanda para venda de gado em pé também é impulsionada nestes Estados tanto para atender o mercado doméstico como para exportação, complementa a consultoria.

Novos aumentos do boi gordo também foram observados em Minas Gerais e Rio de Janeiro nesta terça-feira, em função da restrita oferta de animais terminados.

No Norte do País, o clima se mostra irregular entre algumas regiões e traz preocupações aos pecuaristas. Mesmo assim, diz a IHS Markit, a oferta restrita de animais terminados ainda tem sustentado os preços locais da arroba. Destaque para as valorizações desta terça-feira em Rondônia, Pará e Tocantins.

Em Rondônia, as indústrias de carne bovina trabalham para fechar escalas desta semana. No Pará, o foco dos compradores seria os lotes de fêmeas, informa a IHS.

Estabilidade no atacado

No mercado atacadista brasileiro, os preços dos principais cortes bovinos continuaram estáveis. O fluxo das vendas foi suficiente apenas para garantir suporte aos preços, embora o volume de negócios para os cortes de dianteiro e ponta de agulha mostrem maior firmeza.

No front externo, o fluxo das exportações de carne bovina in natura no acumulado das três primeiras semanas de janeiro (15 dias uteis) foi de 5,67 mil toneladas/dia, um desempenho 6,7% superior à media de janeiro de 2020, mas com uma retração de 12,5% frente ao mês anterior, informa IHS, com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Cotações desta terça-feira (26/1), segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 268/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 268/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 266@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 267/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 279/@ (prazo)
vaca a R$ 268/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 281/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 261/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca R$ 273/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 273/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 262@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 269/@ (à vista)
vaca a R$ 258/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 269/@ (à vista)
vaca a R$ 258/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 274/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 273@ (prazo)
vaca a R$ 268/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 268/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 2576/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

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