A produção de produtos para controle biológico expandiu 77% em 2018, movimentando cerca de R$ 464,5 milhões ante R$ 262,4 milhões em 2017. O resultado brasileiro é considerado o mais expressivo da história do setor e supera o percentual apresentado pelo mercado internacional. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 21 de março, pela Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), representante de 70% mercado nacional.
Em nota divulgada a imprensa, o presidente da associação Arnelo Nedel frisa que o desempenho expressivo do mercado ganha maior relevância por ser uma média. “Houve segmentos onde o aumento de vendas atingiu a espantosa marca de 148%, como no caso dos biofungicidas”, disse. Em termos globais, o setor apresentou crescimento de 17% .
Segundo Nedel, o aumento de vendas é devido a maior taxa de adoção dos agricultores por agentes biológicos contra pragas e doenças. O dirigente ainda afirma que o uso de defensivos biológicos ainda está numa fase de consolidação no Brasil e que qualquer aumento na taxa de adoção em culturas que ocuparam grandes áreas, como por exemplo, a da soja, é suficiente para resultar em elevado volume de vendas.
A expansão do mercado brasileiro segue a tendência mundial de redução do uso de defensivos para combater pragas e doenças nas lavouras. No país com alto índice de insetos devido ao clima, o desafio dos agricultores é reduzir a aplicação dos pesticidas para também reduzir o custo da produção e os riscos associados para a saúde humana e os recursos naturais.