Nesta quinta-feira, o mercado pecuário se manteve firme e a referência das cotações majoritariamente estáveis, relata a Informa Economics FNP. “Em grande parte dos frigoríficos brasileiros, a programação de abate evoluiu até o final de fevereiro e muitas plantas não irão operar nos dois primeiros dias úteis da próxima semana devido ao recesso de Carnaval, informa a consultoria.
Além disso, as recentes quedas nos preços da carne bovina no atacado, motivadas pelo fraco escoamento da proteína ao varejo, também têm limitado a atuação dos frigoríficos nas compras de boiadas, acrescenta a FNP.
“As indústrias não veem espaço para repasse de custo ao mercado atacadista diante de novas altas nos preços da arroba e, por isso, preferem limitar suas aquisições em vez de prejudicar suas margens operacionais”, destaca a consultoria.
Por outro lado, o pecuarista opta em continuar retendo os animais terminados “em casa”, aproveitando o bom volume de chuvas e, consequentemente, a melhoria nas condições das pastagens. A piora na relação de troca, devido aos custos mais altos com a reposição, também inibe a venda de grandes lotes – a estratégia é exercer forte pressão sobre a indústria até conseguir novos reajustes positivos para a arroba.
Segundo análise da FNP, um número significativo de indústrias deverão apertar o gatilho das compras de boiadas a partir do início de março, para garantir lotes na primeira quinzena do mês, período de esperada recuperação do consumo doméstico, devido ao pagamento de salário aos trabalhadores. “Até lá, porém, a queda de
braço deve permanecer”, observa.
Na quarta-feira, 19 de fevereiro, o Indicador Cepea/Esalq fechou em R$ 193,10/@ (praça paulista, valor à vista), queda diária de 2%. No acumulado deste mês (até 19), porém, o indicador registra elevação de 1,2%.