Os preços do boi gordo seguem estáveis nas principais praças pecuárias do país, informa o analista Guilherme Guimarães, da INTL-FCStone, de Campinas, SP.
Segundo ele, o mercado está em compasso de espera por novas informações em relação ao atual trabalho de vistoria da delegação chinesa em unidades brasileiras de aves e suínos. Essa operação das autoridades sanitárias da China será realizada por videoconferência, e não mais por acompanhamento in loco no Brasil.
A iniciativa do governo da China, observa Guimarães, acendeu um sinal de esperança em todo o setor de carnes. “Essa boa vontade dos chineses mostra uma recuperação de credibilidade do Brasil”, diz ele, repetindo as palavras da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Segundo apurou a consultoria Agrifatto, embora as inspeções de frigoríficos englobem apenas plantas de aves e suínos, as perspectivas de interesse da China em habilitar novas unidades brasileiras resultaram em novas altas para os contratos futuros do boi gordo.
Ontem, o contrato com vencimento outubro próximo, pico da entressafra de “boiada de capim”, subiu 0,37% na bolsa de mercadorias B3 e encerrou o dia em R$ 163,45/@.
No mercado físico, o indicador Esalq/B3/Cepea ficou em R$ 152,80/@, com estabilidade em relação ao fechamento anterior.
Preço futuro do boi sobe
Os contratos futuros do boi gordo negociados na bolsa brasileira a B3 registraram novas altas nesta semana, seguindo caminho contrário ao movimento observado no mercado físico.
O contrato futuro com vencimento em outubro, pico da entressafra de “boi de capim”, atingiu R$ 163,45/@ na B3, ontem (18/7), ante R$ 161,60/@ registrado na última sexta-feira (dia 12/7).
Em contrapartida, no mercado físico, o indicador do boi gordo Esalq/B3/Cepea fechou a quinta-feira a R$ 152,80, à vista, em São Paulo, praticamente estável em relação ao valor observado na sexta-feira passada (R$ 152,05).
Segundo informações da Informa Economics FNP, nesta semana, o mercado físico registrou oscilações negativas com a entrada animais de final de safra desovados por conta das temperaturas mais baixas, condição que possibilitou um avanço das escalas de abate em determinadas plantas frigoríficas.
No mercado futuro, os preços subiram ontem refletindo sobretudo a expectativa de abertura de novas plantas de exportação de carne bovina à China.