O mercado do boi gordo segue estável na maioria das praças pecuárias, mas os preços da arroba apontam tendência altista devido à escassez de oferta de boiadas e, consequentemente, a redução das escalas de abate dos frigoríficos.
Ou seja, na visão dos analistas, no curtíssimo prazo, os frigoríficos terão que ir às compras com mais ímpeto, perdendo a disputa pelo melhor preço para os pecuaristas que têm boiada pronta para entregar.
Ontem (12/9), o indicador Esalq/B3/Cepea ficou em R$ 153,690/@, avanço diário de 0,69% ante o fechamento anterior.
“Esse cenário de menor disponibilidade de animais prontos pode aumentar a pressão sobre as indústrias, e as indicações de preços de balcão podem ser reajustadas positivamente”, avalia a Agrifatto.
A reação dos preços no mercado à vista também pode reaquecer os contratos futuros do boi gordo, acrescenta a consultoria.
Na maioria das praças avaliadas pela Agriffato, a arroba manteve-se estável no primeiro dia da semana. “As praças do Mato Grosso do Sul, Pará e Tocantins mostram sinais de menor disponibilidade de animais prontos, com as programações de abate das indústrias atendendo ao redor de três a quatro dias úteis”, informa a Agriffato.
As indústrias de Goiás e São Paulo ainda mantêm as escalas de abate um pouco mais longas, segundo a consultoria – entre seis e sete dias úteis, respectivamente.