Mercado do boi segue com freio de mão puxado

Indústria relata prejuízos com as operações no mercado interno, enquanto pecuaristas seguram a boiada no pasto à espera de bons negócios

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Nesta segunda-feira (16/3), o mercado físico do boi gordo registrou baixa movimentação, seguindo o padrão de abertura da semana, quando os frigoríficos preferem permanecer fora das compras de gado, com o objetivo de avaliar melhor os resultados das vendas de carne bovina, bem como o volume de estoques nas câmaras frias. “Este movimento está mais exacerbado por conta das novas medidas de isolamento social de contenção o avanço da Covid-19”, relata a IHS Markit.

Com isso, nas praças brasileiras o cenário é de estabilidade nos preços da arroba em relação à última sexta-feira (12/3). Segundo a Scot Consultoria, o boi gordo está cotado em R$ 305/@ em São Paulo, preço bruto e a prazo. A vaca e novilha gordas estão sendo negociadas em R$ 283/@ e R$ 297/@, respectivamente, nas mesmas condições de pagamento. Os negócios para animais com padrão exportação (abatidos mais jovens, antes dos 30 meses) giram em torno de R$ 310/@, à vista, também nas praças paulistas.


A fraca demanda pela carne vermelha no mercado interno brasileiro tem levado à paralisação temporária dos abates em algumas unidades frigoríficas. O objetivo é tentar proteger as margens operacionais, pois há enorme dificuldade das indústrias em repassar para o restante da cadeia (atacado/varejo) o aumento explosivos nos custos da matéria-prima (boiada gorda).

Paulo Mustefaga, presidente executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), disse à CarneTec que, há um ano, a venda da carcaça casada de um boi de 16 arrobas vendida no Estado de São Paulo “daria à indústria um lucro de R$ 190; hoje, essa mesma operação deixa um prejuízo de R$ 135”. “Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o preço do boi gordo subiu 53%, enquanto a carcaça negociada no atacado teve o preço reajustado em 42%”, comparou o executivo.

Por sua vez, relata a IHS Markit, os pecuaristas continuam segurando a boiada no pasto, de olho em melhores condições de rentabilidade. Nesse cenário, diz a consultoria, os preços dos animais terminados seguem firmes em todo o Brasil, ainda com viés de alta. “Enquanto os produtores aproveitam as boas condições de massa verde para barganhar melhores preços, as indústrias frigoríficas limitam compras por não encontrar demanda no atacado suficiente que permita repasse dos altos preços pagos na arroba bovina”, ressalta a IHS.

No front externo, as plantas exportadoras aproveitam o ambiente favorável,  puxado pelo aumento da demanda da China e pela desvalorização do real frente ao dólar, o que deixa o produto brasileiro mais competitivo no exterior.

No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos permaneceram estáveis. O ritmo das vendas ainda serviu de suporte a manutenção dos preços dos principais cortes, visto que a produção segue muito ajustada, informa a IHS.

Cotações desta segunda-feira (15/3), segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 277/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 288/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca R$ 286/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 282/@ (à vista)
vaca a R$ 272/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 278@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 283/@ (à vista)
vaca a R$ 273/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 268/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 274/@ (à vista)
vaca a R$ 257/@ (à vista)

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