A @ do boi gordo acumula alta de 1,11% no mês de abril (Cepea, 12 de abril). O fenômeno de alta em plena safra traz vários símbolos, vamos lá:
1. Oferta agregada curta diante de uma demanda agregada mais firme, somando-se a capacidade dos pecuaristas “brigarem” com frigoríficos, pois as pastagens ainda estão boas; logo, segurar o gado, porteira adentro, não é caro
2. As exportações de carne bovina, apesar da forte queda do preço da carne brasileira no mercado de Hong Kong (Portal DBO), mantêm a pressão pela Demanda Agregada por boi gordo. Salvo ruídos com o mercado “árabe”, esta tendência pode ser de longo prazo.
3. Com uma certa surpresa, algumas fontes registraram um discreto aumento na Demanda Agregada doméstica por carne bovina, também fator de pressão pela Demanda Agregada pelos frigoríficos por boi gordo.
4. O abate de vacas parece ter entrado em novo modelo. É bem provável que o rebanho de matrizes no Brasil esteja se ajustando para um padrão de 70 a 75% de colheita de bezerros por vaca/novilha.
5. Não há dúvida, entramos num ciclo de alta de preços na pecuária de corte, que se caracteriza por preços em ascensão, com quedas no curto prazo, mas com horizonte longo, de 3 anos em média, caracterizando o Ciclo de Preços já definido na literatura há mais de 30 anos. É um fenômeno da biologia da produção. Com muita tecnologia e um pouco de sorte, a produção de uma carcaça padrão mundial leva, da concepção ao abate entre 2 e 3 anos.