Com a colheita da soja já entrando na reta final, a preocupação dos produtores agora é com a safrinha de milho 2021. O bolsão de tempo seco e quente que se formou no fim de março sobre parte do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo persistiu na primeira semana cheia de abril, de acordo com levantamento da AgRural, divulgado hoje.
Com isso, lavouras semeadas em áreas mais arenosas, ou que receberam menores volumes de chuva nas últimas semanas, enfrentam estresse hídrico.
“Há problemas tanto em áreas já entrando em reprodutivo como em áreas semeadas mais tarde, ainda em vegetativo, e parte dos produtores já fala em perda de potencial produtivo“, comenta a consultoria.
A situação é menos complicada em Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, onde tem chovido um pouco mais. Mesmo assim, a apreensão entre os produtores é grande em todo o Centro-Sul.
A AgRural reduziu sua estimativa de produção de milho na safrinha 2021 para 80,1 milhões de toneladas, no fim do mês passado. Os ajustes para baixo foram feitos por causa da tendência de produtividade.
“Os números serão revisados na segunda quinzena de abril e, persistindo o padrão mais seco e quente, novos cortes poderão ser feitos”, conclui a consultoria.
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