A área plantada de milho primeira safra deve crescer de 2% a 4% no Brasil em 2019/20, projetou o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Milho (Abramilho), Sérgio Luís Bortolozzo, em entrevista. “Tem previsão de aumento de consumo interno, e as exportações foram boas este ano. Produtor está tendo um estímulo para poder plantar mais”, disse.
Segundo ele, a perspectiva de rentabilidade é atrativa no verão em relação à soja e o custo, embora tenha aumentado, é inferior ao do algodão. Quanto ao milho safrinha, segundo Bortolozzo, há incerteza sobre o tamanho da área por causa do atraso no plantio da soja, que tende a protelar a semeadura da segunda safra do cereal.
“Acho que o plantio de milho vai sair um pouquinho da janela, e a janela de segunda safra é curta. Tem que começar logo”, disse. Em alguns casos produtores têm semeado a soja mesmo com umidade insuficiente para não perder o período ideal de implantação da lavoura de milho em fevereiro.
“Tem muita gente até forçando um pouco o plantio da soja, mesmo com tempo seco, para conseguir plantar o milho depois. Isso tem levado um pouco a replantio”, disse Bortolozzo.
Ainda assim, a possibilidade de calendário apertado para a semeadura do milho de inverno e a demanda aquecida têm dado suporte às cotações do cereal. “O produtor está recebendo um preço bom; estamos com uma expectativa boa”, disse o presidente da associação.