As cotações do milho vêm apresentando comportamentos distintos dentre as praças acompanhadas pelo Cepea.
Em algumas regiões do Sul do País e nos portos, o forte ritmo das exportações e as altas externas elevam os preços do cereal. Já em outras praças, a colheita da segunda safra na reta final pressiona as cotações.
Quanto ao Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP), caiu 0,44% de 5 a 12 de agosto, fechando a R$ 81,55/sc nessa sexta-feira, 12.
No geral, compradores resistem em elevar os valores pagos no spot nacional, contexto que tem limitado a liquidez.
Exportações – Nos primeiros cinco dias úteis de agosto, o Brasil embarcou 1,7 milhão de toneladas de milho, segundo dados da Secex, com média diária de 338,4 mil toneladas. Caso esse ritmo se mantenha até o final do mês, as exportações podem somar 7,4 milhões de toneladas em agosto.
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Soja – Os preços internacionais do complexo soja subiram na semana passada, devido à maior demanda externa por soja em grão dos Estados Unidos e as expectativas de aumento na procura global pelos derivados norte-americanos e também do Brasil.
Esse cenário, por sua vez, está relacionado às incertezas quanto ao volume de derivados de soja a ser ofertado pela Argentina (principal abastecedora global de farelo e de óleo de soja).
Além disso, o baixo volume de chuvas em importantes regiões produtoras do Hemisfério Norte também impulsionou os valores externos, já que isso pode reduzir a produtividade da safra 2022/23.