A Minerva Foods teve prejuízo líquido de R$ 1,26 bilhão em 2018, quase quatro vezes acima das perdas registradas no ano anterior, de R$ 280,7 milhões, informou a companhia ao mercado. Segundo a empresa, os resultados negativos no ano passado foram afetados pelo impacto da variação e do hedge cambiais.
Porém, no quatro trimestre de 2018, o prejuízo líquido da companhia sofreu redução no comparativo anual, caindo para R$ 92,1 milhões, 70,6% abaixo das perdas verificadas em igual período de 2017.
A empresa conseguiu também elevar a receita líquida em 15,5% no ano passado, para R$ 16,2 bilhões, na comparação com o resultado obtido em 2017.
No quarto trimestre do ano, a Minerva ainda conseguiu reduzir o índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e o Ebitda, sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), graças ao aumento de capital de R$ 1 bilhão e à geração de caixa livre de mais de R$ 300 milhões, informou.
O Ebitda ajustado da companhia somou R$ 462,8 milhões no quatro trimestre de 2018, com crescimento de 27,4% em relação aos R$ 362,4 milhões registrados em igual período de 2017. Com isso, a margem Ebtida ajustada passou de 9,2% para 10% no mesmo período de comparação, enquanto a receita líquida teve aumento de 16,3%, para R$ 4,6 bilhões.
O volume total de abates da Minerva subiu 23,6% em 2018, para 3,4 milhões de cabeças, em relação ao volume registrado no ano anterior, impulsionado principalmente pela adesão dos negócios na América do Sul.
A Minerva liderou as exportações de carne bovina na América do Sul no ano passado, com 21% dos embarques. A empresa foi responsável por 7% das exportações globais de carne bovina em 2018.
Plano de expansão – Ao longo de 2018, a Minerva consolidou a integração dos frigoríficos adquiridos da JBS na América do Sul em 2017, além de ter colocado em prática o plano para acelerar a desalavancagem financeira e constitui a subsidiária Athena Foods, que busca integrar os negócios da companhia na América do Sul (empresa que congrega as operações e ativos no Uruguai, Paraguai, Argentina, Chile e Colômbia).
“Encerramos mais um ano desafiador em nossa história”, disse o presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, em mensagem divulgada ao mercado.