A ministra da agricultura Tereza Cristina inicia hoje sua viagem oficial de 16 dias por países da Ásia. Com passagem por Japão, China, Vietnã e Indonésia, a missão visa discutir exportação de produtos brasileiros e investimentos em infraestrutura.
“Vou à China, ao Japão, que está ávido por nossos relatórios para abrir mercado para nossa carne in natura. Depois irei ao Vietnã, que tem interesse em frutas, gado em pé, soja e milho”, disse a ministra, na abertura da Agrishow, no último dia 29, em Ribeirão Preto (SP).
A visita causou polêmica na última semana, quando o Ministério da Agricultura divulgou a lista de frigoríficos brasileiros a ser apresentada aos importadores chineses. Após problemas com o surto de peste suína africana, a China tem dado sinais de que aumentará a demanda por proteína animal este ano.
“É uma boa oportunidade para o Brasil se colocar, já temos grandes rebanhos de aves, bovinos e suínos. Temos espaços para colocar nossas proteínas à disposição do governo chinês, mas para isso temos de ter estratégia, conversa”, destacou Cristina. Segundo o Mapa Brasil tem 79 plantas de frigoríficos com possibilidade de serem habilitadas para exportar para a China.
Frigoríficos menores, contudo, têm criticado a exigência de autorização de exportação para a UNião Europeia para constar na lista a ser entregue às autoridades chineses. De acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), a medida tende a concentrar ainda mais a participação de mercado de grandes empresas do setor.
Além da ampliação das importações de proteína animal, o Brasil também deve tratar com as autoridades chinesas da exportação de produtos de organismos geneticamente modificados, suco de laranja, novas tecnologias, melão, status sanitário de produtos brasileiros e possibilidade de habilitação de frigoríficos e empresas de lácteos.
No Japão, a ministra pretende discutir a abertura de mercado para material genético, abacate, estabilizantes, extrato de carne e carnes bovinas. No Vietnã e na Indonésia, a ideia é abrir mercadopara a venda de bovinos vivos, farinha e melão.