Mudança na presidência da Embrapa segue sem explicação

Estatal encontra-se engessada para continuar fazendo pesquisas e a discussão, até o momento, é política

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Por determinação da ministra da Agricultura Tereza Cristina o presidente da Embrapa Sebastião Barbosa foi hoje (quarta, 17 de julho) destituído do cargo que exercia desde outubro último, quando foi eleito para um mandato de 2 anos, após consultas a todas as unidades da empresa, ainda no governo de Temer, quando o ministro da Agricultura era Blairo Maggi.

A partir desse fato da destituição, divulgado pela mídia, só existem desencontros de informações, nem a Embrapa informa as razões da demissão e nem o governo divulgou o que pretende.


Consta que Barbosa teria recebido consulta do Ministério da Agricultura se desejava ser demitido ou se pediria demissão do cargo e que a resposta de Barbosa é de que teria de ser destituído, porque foi eleito para o cargo. O que se sabe, de várias fontes do mercado e do governo, é que o governo Bolsonaro já havia se manifestado dias atrás com a pretensão de indicar um novo presidente para a empresa, para “turbinar” as atividades de pesquisa. Nada mais foi esclarecido.

O que se comenta de longa data é que a Embrapa é uma empresa pública de pesquisas com gigantescas dificuldades para ser administrada. Sua atividade fim não possui recursos, na medida em que mais de 90% do seu orçamento está comprometido com salários, encargos sociais e despesas administrativas. Com isso, menos de 10% do orçamento da empresa é destinado para as pesquisas e parte dessa verba tem sido ainda contingenciada desde o governo Temer, dificultando ainda mais o trabalho da diretoria da empresa para recuperar a missão e o objetivo original da Embrapa: pesquisar e desenvolver tecnologias para o agronegócio brasileiro, hoje o único setor que demonstra crescimento no Brasil.

Conversei por telefone com o ex-ministro Alysson Paolinelli, que não soube afirmar com certeza as razões da destituição de Barbosa, e informou que isso estava se desenhando há algumas semanas, terminando hoje com a saída de Barbosa. “É muito desagradável isso, do jeito que foi conduzido, para o Brasil e para a Embrapa”, diz Paolinelli.

Em contato com o ex-ministro Roberto Rodrigues, que estava em trânsito para Brasília hoje à tarde, ele manifestou num único adjetivo os fatos: “é muito chato tudo isso”. Rodrigues ainda disse que “espero conhecer as razões nas próximas horas”. Outros diretores da Embrapa preferiram não se manifestar sobre a decisão do governo federal para destituir Sebastião Barbosa da presidência da Embrapa.

A realidade que se observa é que a Embrapa encontra-se engessada para continuar fazendo pesquisas, e a discussão, até o momento, é política.

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