A reportagem de capa da última sexta-feira do caderno Eu & Fim de Semana, do jornal Valor Econômico, aborda como assunto a “Presença de mulheres no agronegócio”, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
Entre as muitas históricas de vida bem-sucedida dessas “mulheres do campo”, a reportagem destacou a da pecuarista Téia Fava, diretora da Associação dos Criadores do Mato Grosso (Acrimat), responsável por uma fazenda com 1.300 cabeças de gado na região do Vale do Araguaia, MT.
“Já dirigi trator, carregadeira e esteira”, que, na reportagem, em protesto, lembrou da atitude de uma revendedora de peças de trator: cliente antiga, ouviu do vendedor que precisaria de apresentar o CPF do pai ou do marido para continuar comprando na loja. “Tenho fazenda no meu nome há 12 anos e preciso de ouvir isso?”, indagou.
Há também na matéria do Valor o depoimento da advogada e professora de Direito Elza Leite de Moraes Andrade, que diz ter crescido ouvindo do pai que a principal fazenda de gado da família seria do irmão. “É uma discriminação que começa em casa”, disse. Após a morte da mãe, Elzinha, como é conhecida, brigou pela sua parte na herança, até conseguir um pedaço de terra na fazenda da família. Só que os irmãos receberam os melhores lotes. “A minha era a pior parte de todas; degradada e sem água”, relatou.