A China, que sofre com a proliferação do vírus da peste suína africana (ASF), parece ter escolhido a carne bovina como a principal fonte de reabastecimento do seu gigante mercado consumidor de proteínas de origem animal. Pelo menos é o que mostra um artigo divulgado pelo australiano Beef Central e assinado pelo analista independente do mercado pecuário Simon Quilty.
Segundo ele, ao avaliar o número total de plantas aprovadas globalmente pela China, a lista atual inclui 289 unidades de carne bovina em 18 países; 246 unidades de suínos em 20 países; 95 unidades de aves aprovadas em 9 países; e 116 unidades de carne ovina em 7 países fornecedores. “Ao considerar o número de plantas aprovadas globalmente, a carne bovina parece ser uma prioridade para os chineses”, ressalta.
Em comparação à quantidade de plantas habilitadas de suínos (246), o número de unidades de bovinos aprovadas até agora é 18% superior. Não à toa, recentemente, o governo de Pequim autorizou, num total de 25 unidades, a aprovação de 17 plantas brasileiras de processamento exclusivo de carne bovina.
No momento, a China mira as atenções para três principais exportadores globais de proteínas de origem animal: Estados Unidos, Brasil e União Europeia – Canadá, Nova Zelândia e Austrália também figuram entre os grandes fornecedores, embora com potencial um pouco abaixo dos três primeiros da lista, de acordo com o analista.
Na avaliação de Quilty, as compras chinesas de carne bovina virão sobretudo dos EUA, América do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Índia. Por sua vez, o mercado consumidor de aves será abastecido principalmente dos EUA e do Brasil. Na lista dos principais potenciais fornecedores de suínos estão os EUA, UE e Canadá.