Nesta semana, as negociações no mercado de reposição voltaram a ganhar intensidade, impulsionado pela maior procura por parte dos pecuaristas, relata boletim semanal da Informa Economics FNP.
“O panorama geral é de restrição de oferta, o que favorece a sustentação dos preços do gado magro, com ênfase para os ajustes positivos nas cotações do bezerros e novilhas”, informa a consultoria paulista.
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O mercado de reposição está movimentado, impulsionado pela necessidade de aquisição de animais para o segundo giro de confinamento, além do bom ritmo das exportações de animais vivos e a recente recuperação dos preços da arroba do boi gordo. Todos esses fatores favorecem o poder de compra do recriador, ressalta a FNP.
A procura ainda é mais direcionada aos machos, tanto bezerros quanto os animais mais erados (acima de 15 meses) para entrada no tratamento em sistemas intensivos de engorda.
Na região Centro-Oeste, a forte demanda gerou ajustes positivos nos preços do bovinos para reposição. Os criadores chegam a pedir valores entre R$ 1.300 por cabeça e R$1.350 por cabeça para fechar negociações de bezerros, apesar das cotações referenciais ainda não terem atingido esses patamares em ambos os Estados, segundo a FNP.
Já no Sudeste e Sul, os preços são mais firmes para o boi magro com a manutenção da existência de negociações realizadas acima de R$ 2.000 a cabeça.
Apesar das oscilações nos preços da arroba entre as praças da região Centro Sul do Brasil, a relação de troca entre o gado gordo e para reposição segue favorável e deve manter ativa os negócios entre as praças, visto que a liquidez dos leilões continua elevadas.
“Importante salientar que em todas essas regiões a oferta de gado magro é curta, resultado do alto volume de abates de fêmeas nos últimos anos”, observa a FNP.