No curtíssimo prazo, só demanda externa pode “acordar” mercado do boi gordo

Com consumo doméstico patinando, atenções se voltam para o escoamento da proteína brasileira no mercado externo, que promete ficar mais aquecido neste segundo semestre

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Diante do fraco consumo doméstico de carne bovina, as indústrias frigoríficas brasileiras que atuam no mercado interno buscam proteger as suas margens operacionais, reduzindo a capacidade de abate diária de suas unidades de produção.

Tal estratégia explica a atual morosidade dos negócios no mercado de compra e venda de boiada gorda, que segue com preços da arroba firmes em todo o País, apesar da entrada de animais de confinamento, pertencentes ao primeiro giro da engorda intensiva.


Nas praças paulistas, o macho pronto para abater está cotado em R$ 315/@, enquanto a vaca e a novilha direcionadas aos ganchos valem R$ 294/@ e R$ 308/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), segundo dados apurados pela Scot Consultoria.

Nos últimos dias, muitos os frigoríficos conseguiram alongar um pouco as escalas de abate, o que possibilitou o plano de tirar o pé das compras de boiadas até pelo menos a chegada da primeira semana de agosto – quando entra o salário na conta do trabalhador brasileiro, o que, teoricamente, pode elevar a demanda pela carne vermelha.

De maneira oposta, relata a IHS Markit, os abatedouros que atendem o mercado internacional buscam adquirir animais terminados para suprir o sazonal incremento da exportação durante o segundo semestre deste ano.

Porém, muitos pecuaristas, apesar das condições climáticas adversas, conseguem pleitear negócios alinhados aos patamares de preços vigentes, acrescenta a IHS.

“Os altos custos de nutrição já contratados para os lotes do primeiro giro de confinamento não permitem efetivações descoladas dos patamares atuais de preços da arroba”, ressalta a consultoria.

Os preços futuros do milho na B3 continuam subindo, motivados pelas quebras da safrinha.

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As geadas que impactaram as lavouras de cana-de-açúcar também interferiram nos custos de produção dos pecuaristas, obrigando muitos confinadores a substituir a silagem desta cultura por outros ingredientes, observa a IHS.

Na B3, os contratos futuros do boi tiveram variações positivas significativas em quase todos os vencimentos, gerando expectativa de consolidação de nova tendência de alta da arroba, aponta a IHS.

Os negócios para out/21 e nov/21 alcançaram R$ 324,60/@ e R$ 329/@, respectivamente, no pregão de terça-feira (20/7).

O contrato de vencimento mais curto (julho) apresenta novas variações negativas, alcançando R$ 318,15/@, patamar mais próximo dos preços negociados no mercado físico no interior de São Paulo.

Na avaliação da IHS Markit, nas próximas semanas, o mercado do boi gordo ficará dependente do apetite internacional pela proteína brasileira.

No caso de maior procura externa, a restrição de oferta de animais terminados neste período de entressafra oferece a possibilidade de novas elevações nos preços da arroba, apesar da lentidão do mercado doméstico, que se mostra reprimido desde o começo da crise gerada pela pandemia da Covid-19, observa a IHS.

No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos, assim como do couro e sebo industrial, ficaram estáveis nesta quarta-feira.

Os entrepostos seguem tentando escoar para o varejo o excedente de carne estocado.

Porém, reforça a IHS, a fraca demanda dos consumidores, sazonal neste período do mês, torna tal movimento complicado, gerando especulações sobre novas quedas nos preços dos cortes bovinos no curtíssimo prazo.

Cotações máximas desta quarta-feira, 21 de julho, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 295/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 303/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 288/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 302/@ (prazo)
vaca R$ 292/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 306/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 308/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 284/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 340/@ (à vista)
vaca a R$ 330/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 340/@ (à vista)
vaca a R$ 330/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 287/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 285/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 298/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 284/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 287/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (à vista)

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