A Captar Agrobusiness (Luís Eduardo Magalhães, BA) tem foco na cadeia produtiva da carne bovina e baseia seu trabalho no conceito de relação “ganha-ganha”.
A propriedade foi visitada pela equipe do Confina Brasil, iniciativa da Scot Consultoria (Bebedouro, SP) com o objetivo de mapear o gado confinado no país.
A empresa baiana se consolida com uma operação verticalizada, que inclui unidades de confinamento, fábrica de ração e adubo orgânico mineral – integrando o semiárido ao oeste baiano, e garantindo qualidade em cada processo.
O projeto foi planejado para atingir 50 mil animais terminados durante o ano.
“Assim como acontece com aves e suínos, a visão do proprietário da Captar em relação aos bovinos, é que toda a cadeia também esteja integrada, desde quem vai abater até quem está fazendo a cria. Dessa forma, são produzidos bezerros de qualidade para que sejam recriados e engordados, a fim de fornecer boas carcaças ao frigorífico, chegando até a ponta final da cadeia, que é o consumidor. A empresa cria Angus, faz inseminação nas novilhas, entrega para parceiros de cria e recebe os bezerros para recriar. A fazenda ainda usa subprodutos da região, como caroço de algodão, feno de sementeira, além de sorgo e milho, que compõem a dieta dos animais. Em resumo, o propósito da Captar é manter o animal bem integrando toda a cadeia”, detalha Olavo Bottino, médico veterinário e técnico do Confina Brasil.
Powered by DBO Ads Pro
SAIBA MAIS | DBO Entrevista: Os rumos do confinamento, com Alcides Torres
Uma das tecnologias utilizadas pela Captar é a dieta Fast, da Nutron. A parceria já ocorre há 4 anos. A dieta proporciona baixo volumoso na ração, facilitando o manejo operacional.
Visita na AJ – A expedição Confina Brasil também esteve na Fazenda Nova Terra (Cotegipe, BA), da Agropecuária Jacarezinho, referência na pecuária de corte, que tem o rebanho no programa de melhoramento genético DeltaGen, da raça Nelore. Com sistema de produção a pasto, autossustentável, tecnificado e competitivo, a AJ é uma das líderes do país em produção de touros.
“Conhecemos o touro Lítio AJ, reprodutor que é uma lenda da genética Nelore. O touro, com mais de 15 anos de idade e atualmente aposentado na fazenda, teve cerca de 500 mil doses de sêmen produzidas e comercializadas. O confinamento está localizado na região de transição cerrado-caatinga, em que o volume de chuvas fica em torno de 600 a 700 milímetros por ano, sendo a questão hídrica uma condição bem restritiva. A Jacarezinho, mesmo intensificada, trabalha com lotação baixa na pastagem: abaixo de 0,7 UA/ha. O confinamento, para 4 mil cabeças estáticas é estratégico e usado como ferramenta para preparar parte dos touros para leilão. Vimos uma linha inteira de touros, já vendidos, e outra linha, com touros comercializados no leilão. Percebemos um preparo diferenciado para que os touros cheguem ao leilão em boas condições. Além disso, a AJ também confina vacas de descarte e tourinhos que não se enquadraram na avaliação genética (CEIP). Assim, o gado comercial de abate tem um padrão genético excelente”, destaca Eduardo Henrique Seccarecio, engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria, participante da expedição Confina Brasil.
A expedição Confina Brasil tem patrocínio ouro da BRA-XP, Elanco, Casale, Nutron e UPL; e patrocínio prata da AB Vista, Associação Brasileira de Angus, Barenbrug, Beckhauser, Confinart, GA (Gestão Agropecuária), Inpasa e Zinpro.
A expedição conta ainda com o patrocínio da montadora Fiat e apoio institucional da Assocon, Embrapa Pecuária Sudeste, Embrapa Informática, Hospital de Amor de Barretos e Sociedade Rural Brasileira.
Fonte: Ascom Confina Brasil