Novo método antecipa ocorrência de geadas no Mato Grosso do Sul

Sistema consegue prever queda forte das temperaturas e auxilia produtores a proteger suas plantações

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Produtores da região sul do estado de Mato Grosso do Sul podem ficar tranquilos: as lavouras não correm risco de enfrentar as geadas no inverno deste ano. Quem garante é Danilton Flumignan, pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste (MS), que desenvolveu um método capaz de prever com bastante antecedência a ocorrência de geadas no seu estado.

De acordo com o método criado por Flumignan, já no mês de dezembro era possível saber a temperatura mínima aproximada para o mês de junho. Essa informação é atualizada no mês de maio, quando é confirmada ou não a ocorrência de geada. Daí a segurança do pesquisador ao antecipar a previsão da ausência das geadas este ano.


O pesquisador da Embrapa diz que, especialmente em junho, as geadas preocupam bastante os produtores de milho safrinha. É quando o milho ainda está numa fase sensível de desenvolvimento e a geada pode prejudicar as lavouras. Mais intensa a geada, maiores os prejuízos dos produtores.

Como é o método

O sistema desenvolvido por Flumignan usa dados de chuva medidos na estação agrometeorológica Guia Clima da Embrapa Agropecuária Oeste, que fica em Dourados (MS), e da temperatura da superfície do mar fornecidos pela agência americana National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA).

O índice de confiança é aquele mesmo tão utilizado pelos institutos de pesquisa de opinião pública: 95%. O sistema é capaz de prever em dezembro, e com uma margem de erro conhecida de ±2,3ºC, qual a temperatura mínima deverá ocorrer em junho, no sul do Mato Grosso do Sul.

Como as geadas representam um fator de risco à produtividade no campo, a Embrapa Agropecuária Oeste vem analisando alguns métodos de previsão.

Protegendo o milho safrinha

O milho de segunda safra é a principal cultura de inverno de Mato Grosso do Sul. Em 2018, foram cultivados no estado cerca de 1,7 milhão de hectares de milho safrinha. Aproximadamente 70% dessas lavouras estavam na região sul de Mato Grosso do Sul.

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) estabelece que, nessa região, o milho safrinha deve ser semeado até 10 de março a fim de minimizar os riscos de perdas nas lavouras.

O engenheiro agrônomo da Embrapa Gessi Ceccon, especialista em cultivo de milho safrinha, explica que existem três tipos de ciclos de híbridos de milho: superprecoce, precoce e normal. No caso de lavouras com híbridos de milho superprecoce, a geada em junho não causa prejuízos porque o milho já terá formado grãos, prontos para colheita. “Entretanto, para os de ciclo precoce e normal, a geada em junho acarreta menor enchimento dos grãos e, consequentemente, menor produtividade”.

De uma maneira geral, é muito difícil prever os potenciais danos que a geada pode causar ao milho, caso ela ocorra em junho. São muitas variáveis envolvidas, diz Ceccon, como relevo da propriedade, época de plantio e ciclo do híbrido. Ainda assim, é possível afirmar que ainda que a geada ocorra em junho e que venha a ser forte, não haverá uma perda completa da lavoura: o milho safrinha é semeado de forma escalonada nas propriedades rurais de Mato Grosso do Sul, ou seja, ocorre gradativamente conforme vai sendo realizada a colheita da soja.

Ceccon chama atenção para a amplitude do prejuízo em situações específicas. “No caso de ocorrer uma geada forte, em uma lavoura localizada em uma baixada, com um hibrido de ciclo normal, a perda certamente será grande.” Ele frisa que mesmo ocorrendo perdas severas na plantação, o cereal pode ser colhido e fornecido como alimento para os animais, pois é uma rica fonte de energia. Dessa forma, é possível minimizar os prejuízos.

Fonte: Portal DBO com informações da Embrapa

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