Nesta quarta-feira, os negócios com boi gordo seguiram praticamente congelados – repetindo o dia anterior -, mas com um diferença: mais praças pecuárias do País registram baixas nos preços da arroba.
“A crise do coronavírus começa a atingir diretamente o mercado físico da boiada”, avalia a Informa Economics FNP, acrescentando: “Com as restrições impostas a bares e restaurantes no Rio de Janeiro e a menor movimentação em capitais como São Paulo, o consumo de carnes tende a ser afetado e, diante das expectativas de diminuição no escoamento de cortes bovinos, indústrias anunciaram paralisação de abates e férias coletivas em alguns frigoríficos, restringindo drasticamente as compras de boiada terminada”.
Ainda segundo a FNP, as indústrias frigoríficas que lançaram hoje ordens de compra de boiadas, tendo como objetivo fechar as escalas de abate da próxima semana, sinalizam preços muito abaixo das máximas vigentes, gerando uma forte onda especulativa nos balcões de negociação.
Neste contexto, boa parte dos pecuaristas ainda resiste aos preços mais baixos da arroba, preferindo não fechar negócios e manifestando preocupações em relação aos altos custos com a reposição.