Às 9 da manhã de hoje (3/9), em ponto, a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) deu início ao seu congresso anual, entidade criada em 1993 destinada às análises e reunião das cadeias produtivas. O presidente do conselho diretor entidade, Marcello Brito, fez um duro discurso na abertura do evento.
“O mundo está cheio de dúvidas sobre nós e os holofotes da crítica estão voltados para nós, detentores da mais importante floresta tropical do mundo”, disse ele. “Os desmatamentos e queimadas ilegais na Amazônia são criminalidades a serem efetivamente atacadas com a necessária convergência entre os poderes de Estado e os agentes de mercado”.
Em tempos de pandemia, como não poderia deixar de ser, o congresso ocorre em ambiente on line. Em 19 anos de realização do evento, essa é a primeira experiência do gênero. Com um dado nada desprezível. Em anos anteriores, o público presente ao evento ficou em entre 800 e mil pessoas. Para o dia de hoje estão inscritas 8 mil pessoas, recorde histórico para a entidade.
Na abertura, Brito também falou de um protecionismo bem mais articulado nos dias atuais, com foco em saúde, sanidade e sustentabilidade, e que novos paradigmas de negociação. Também destacou a necessidade de ir em frente na implementação do Código Florestal. A lei aprovada em 2012, que estabeleceu o Cadastro Ambiental Rural (CAR), uma ação autodeclaratória, prevê uma segunda fase de validação que já deveria ter sido implementada. O Programa de Regularização Ambiental (PRA) valida as mudanças introduzidas pelo código, referentes às Áreas de Preservação Permanentes (APPs), à Reserva Legal (RL) e à Regularização de Propriedades e Penalidades.
“No agro, vivemos da natureza e dos serviços ambientais”, disse Brito.
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Também falaram Gustavo Junqueira, secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento de São Paulo, mais Alceu Moreira, presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio e Tarcísio Gomes de Freitas, ministro de Infraestrutura.
O fechamento do primeiro bloco do congresso ficou por conta da ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina. “Após a pandemia, teremos um mundo diferente”, disse ela. “Um mundo mais exigente em sanidade e sustentabilidade.” A ministra reforçou um discurso que vem fazendo com muita insistência em suas colocações, sobre a necessidade do País exercitar cada vez mais as suas ferramentas de sustentabilidade.
A DBO é mídia oficial de apoio ao congresso.
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