“O pecuarista brasileiro pode ter mais dois anos de arroba em alta”, diz economista

Falta generalizada de gado e demanda contínua pela frente fundamentam um mercado firme para o próximo período, avalia o líder de Pecuária da consultoria StoneX, Caio Toledo, ao programa DBO Entrevista

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Se era um mercado com arroba mais valorizada que o produtor queria para o próximo ano, quem sabe isso pode realmente acontecer. A boa notícia é que isso pode até se estender na avaliação do economista Caio Toledo, líder de Pecuária da consultoria StoneX. Ele arrisca um palpite de valorização da arroba do boi para até 2022.

“Com uma retenção de fêmeas, continuando essa movimentação [de alta], é possível que tenhamos um horizonte de alta de arroba. Em 2023, é o ano que eu acho que as coisas começarão a dar uma virada. Então, o pecuarista brasileiro pode ter mais dois anos de arroba em alta. Isso falando em dados de oferta, sem olhar para o lado da demanda”, diz Toledo.


O especialista no mercado de carne foi o convidado no programa DBO Entrevista, que foi ao ar na quarta-feira (11/11). Nesse dia, o Indicador do Boi Gordo Cepea/B3 chegou a R$ 292, o recorde histórico, até agora. Na quinta-feira (12/11), o valor recuou 1,18% para R$ 288,55. Para ele, a valorização do boi continua firme, por conta de uma falta generalizada de animais no mercado. Essa falta, e preços de gado aquecidos, é o que também sustentará a cria com preços em alta nos próximos dois anos.

Falta de boi no mercado pode sustentar as altas futuras de preços da arroba

No caso das cotações atuais, o analista da StoneX diz que também percebeu rumores da arroba do boi gordo, em algumas praças do País, atingindo R$ 300 – o que seria o maior valor já praticado no mercado brasileiro. Mas ele representa um teto de preços?

“Analisando friamente, o mercado teria condições de avançar os R$ 300. E já há alguns indícios de negócios sendo feito a R$ 300. Porém, temos entraves no caminho para que isso se sustente”, afirmou Toledo.

R$ 300 até onde vão?

Segundo o analista de mercado há três pontos que precisam ser analisados para responder a essa questão: o preço se sustenta?  O primeiro ponto é sobre o efeito desse preço no mercado doméstico, o que implicaria no limite do consumo diante da crise econômica. O segundo ponto é sobre as exportações. Apesar de o câmbio desvalorizado, já houve um recuo do dólar perante o real, que saiu de R$ 5,80 e agora está em cerca de R$ 5,50, o que significa um pouco de perda de competitividade das exportações.

O terceiro ponto é em relação ao apetite chinês pela carne bovina. Embora permaneça firme pelo gigantismo desse cliente, ele dá sinais de um apetite menor a cada dia por conta do aumento da oferta de carne suína no país asiático, onde a predileção da população é pela proteína do porco em comparação à bovina.

“Percebemos que toda vez que há um recuo no preço da carne suína por lá, observamos também um recuo nas exportações brasileiras de carne bovina”, diz Toledo.

Apetite por carne bovina pode estar desacelerando na China

Confinamento em baixa

Em relação à oferta de gado terminado em confinamento, Toledo é cético. Apesar da forte onda da preços, a tendência, segundo o economista, é de um ritmo lento de oferta. “Outubro e setembro foi o pico de saída de animais. Novembro deve ser mais baixo que outubro, e dezembro mais baixo que novembro. Então o fluxo de saída de animais vai ser muito menor daqui para frente, muito em função da falta de oferta, porque muitos confinadores deixaram de confirmar”, diz Toledo.

Segundo ele, o movimento foi maior em pequenos e médios confinamentos, que ora deixaram de operar ou passaram seu gado para confinamentos maiores em função da estrutura de aporte alimentar.

Confira a entrevísta da íntegra:

Cadê o teto da arroba do boi gordo?

 

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