Soja e Milho mantêm movimento de baixa segundo resultados apontados nas pesquisas do Cepea/Esalq. De acordo com nota da entidade publicada nesta segunda feira, o movimento baixista da soja se deve à forte desvalorização nos contratos futuros nos Estados Unidos.
As expectativas de safra volumosa na Argentina, a oferta nacional abundante e a demanda enfraquecida também contribuíram para pressionar o mercado. A queda no Brasil só não foi maior, explicam os pesquisadores do Cepea, devido à valorização do dólar e pelo elevado ritmo de embarques do grão, que estabilizou os prêmios de exportação e limitou a desvalorização do produto no país.
Com relação ao milho, o bom desenvolvimento das lavouras mantém a perspectiva de oferta elevada no segundo semestre, de acordo com pesquisas do Cepea. Já abastecidos e atentos a esse cenário, compradores consultados pelo Centro de Estudos afirmaram estar realizando negociações pontuais limitadas a pequenos lotes. Já produtores têm se mostrado mais interessados em negociar, tanto no mercado físico quanto no futuro. Nesse quadro, os preços seguem em queda.
Os números da soja: Indicador Esalq/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) recuou 3,5% a R$ 73,40 a saca de 60 quilos na sexta-feira, 3. Na mesma comparação, o Indicador Cepea/Esalq Paraná caiu 2,8%, a R$ 69,16 a saca de 60 quilos na sexta.
Já com relação ao milho, o Indicador Esalq/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), caiu 3,1%, fechando a R$ 33,21a saca de 60 quilos na sexta-feira, 3. No acumulado de abril, a baixa foi de 12,5%, com o Indicador voltando aos patamares de fevereiro de 2018, em termos nominais.