A região das Américas ainda está livre da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês), mas o risco de introdução da doença no território é alto. Na ausência de uma vacina de combate ao vírus, a prevenção se torna essencial para manter essa região fora do alcance da ASF, afirmou a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), responsável pela organização da primeira reunião do Grupo Permanente de Peritos em Febre Suína Africana na região das Américas, realizada entre 3 e 4 de dezembro em Bogotá, na Colômbia.
Considerando que a ASF continuou a se espalhar na Europa, Ásia e África, a situação global representa uma ameaça para os países atualmente livres de doenças, disse a OIE.
Estudos recentes mostram que, em 28% dos países, é comum pessoas (turistas, grupos étnicos, trabalhadores estrangeiros, refugiados, entre outros grupos) oriundas de áreas infectadas pela ASF circularem com alimentos à base de carne suína, o que significa um enorme risco para os países das Américas, já que o vírus pode sobreviver no meio ambiente por um longo tempo.
“Todas as partes interessadas devem ter maior consciência do risco para evitar a disseminação do ASF. Isso exige uma abordagem rigorosa dos controles de fronteira nos pontos de entrada por via aérea, marítima e terrestre, bem como a conscientização dos passageiros sobre os riscos de contaminação”, enfatizou a OIE.