Palavras, palavrinhas e palavrões que podem ajudar nossa agropecuária

Confira o artigo de Sergio Raposo de Medeiros, pesquisador Embrapa Pecuária Sudeste

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Uma experiência estressante para os pecuaristas é o cerco de movimentos anticonsumo de carne de uma lado e ativistas ambientais do outro, repercutindo um discurso sensacionalista e com baixo conteúdo científico que atribui à produção de carne uma longa lista de malefícios. Por estas lentes, o pecuarista tortura seus animais, degradando o ambiente para, no final, produzir um alimento que encurta a vida de quem o consome.

A ironia é ser exatamente esse extremismo dos detratores, junto com a consciência do desafio de alimentar 9 bilhões de terráqueos em 2050, os responsáveis por surgir boas oportunidades de captação de recursos “verdes”. Essas linhas atenderiam aos produtores que consigam conciliar produção pecuária e respeito ao ambiente. Recentemente, por exemplo, em uma iniciativa de parceria público-privada, foi criado um fundo de crédito de US$ 68 milhões para empreendimentos de integração lavoura-pecuária-floresta.


Para ter acesso aos recursos desta iniciativa, bem como a maior parte dessas novas oportunidades que seguem surgindo, a propriedade deve passar no teste de compliance, que provavelmente examinará se ela tem sua produção calcada no tripé da sustentabilidade, examinando se há eventuais externalidades no seu sistema produtivo. Essas propriedade têm, também, a possibilidade de receber P.S.A. por serviços ambientais e ecossistêmicos e, ao mesmo tempo, estarem aptas a fazer negócio com empresas que atendam à agenda ASG e ter acesso aos Green bonds.

Caso os termos destacados no período acima tenham trazido alguma dúvida a você, caro Leitor, então esse texto é para você. Foram selecionados alguns termos que devem se tornar cada vez mais comuns na pecuária brasileira. Quanto mais elas efetivamente façam parte, mais estaremos capitalizados e evoluindo para a produção pecuária virtuosa. Aumentar o conhecimento a respeito do que significam pode sensibilizar os envolvidos e fazer com que aproveitemos mais as oportunidades que elas sinalizam.

Foram procuradas fontes confiáveis para defini-las, mas os termos foram simplificados para facilitar o entendimento. Todavia, está indicada a fonte para quem quiser ver as definições originais. A maioria deles têm comentários adicionais, destacados em itálico. Segue a lista:

Critério ASG – Essa sigla denota um conjunto de padrões ambientais (A), sociais (S) e de governança (G) que devem ser empregados nas operações de uma empresa de forma a garantir àqueles investidores preocupados com esses tópicos que investir nela não fere suas convicções. Os critérios ambientais consideram o zelo da empresa com a natureza. Já os critérios sociais englobam desde o relacionamentos com funcionários, fornecedores e clientes até com as comunidades onde atua. A governança lida com a liderança da empresa, remuneração de executivos, auditorias, controles internos e direitos dos acionistas. Essa definição é da Investopedia (Referência 1). Alguns ainda podem acreditar se tratar apenas de “perfumaria”, mas empresas que não tem passivos ambientais, por exemplo, não recebem autuações ou tem eventuais interrupções em suas atividades. Da mesma forma, uma empresa que tem a força de trabalho satisfeita, fornecedores motivados em atendê-la e clientes fidelizados tem mais chance de sucesso. Idem para a que tem uma boa governança. Empresas com maiores chances de serem bem sucedidas naturalmente conseguem captar mais investimentos. Especificamente para o setor pecuário, temos nossos frigoríficos que, apesar de grandes desafios para isso, precisam buscar essa classificação, para o bem de toda a cadeia de valor da carne. As fazendas também podem buscá-la, com os vários protocolos de boas práticas disponíveis e, ainda que não tenham ações em bolsas de valores, de maneira análoga às empresas, sendo ASG, também aumentam as probabilidades de ficarem no azul. Há, também, a grande vantagem de projetar uma imagem favorável do setor, à prova de ataques mal intencionados dos detratores, uma vez que real e com a eventual chancela do mercado.

Bem estar animal (BEA): Refere-se ao estado do animal e como ele lida com as condições às quais está exposto. Estando saudável, confortável, bem nutrido, seguro, sendo capaz de expressar seu comportamento natural, sem sofrer estados desagradáveis ​​como dor, medo, e angústia (conforme indicado por evidências científicas), ele tem bem estar (Referência 2). O produtor, em geral, trata bem seus animais, mas deve-se notar que o conceito é bem abrangente e, por exemplo, deixar o animal perder peso na seca já seria um dos critérios para não atendimento. O BEA é um item de crescente importância, frente a demanda de um consumidor cada vez mais preocupado com esse assunto e aparentemente sendo intensificado a cada nova geração. Felizmente, como no caso da suplementação estratégica na seca, na qual ao mesmo tempo se acaba com a fome do animal e aumenta-se o lucro, a maioria das práticas de BEA tem retorno que vai bem além apenas da questão de imagem.

Biodiversidade: Corresponde à diversidade de todos os seres vivos que fazem parte de um ecossistema no planeta Terra. Um termo mais ligado á produção no campo seria a agrobiodiversidade, definida como a biodiversidade que têm relevância para a agricultura e alimentação, ou seja, aqueles componentes que constituem os agroecossistemas (as variedades e a variabilidade de animais, plantas e de microrganismos e seus ecossistemas), todos esses necessários para sustentar as funções chaves dos agroecossistemas. (Referência 3). Esse é um tema cuja importância não tem sido devidamente observada. Além do aspecto indireto da biodiversidade ser fonte de soluções para muitos dos nosso problemas (ver Bioeconomia e Bioinsumos), ela tem importância na manutenção do equilíbrio ecológico. Este, cada vez que é desafiado ou quebrado, nos obriga a colocar a mão no bolso, quando temos que controlar pragas, doenças ou plantas daninhas. Ser um dos países com maior biodiversidade é um bônus magnífico que não podemos desperdiçar. A intensificação da agropecuária em bases sustentáveis coloca o setor produtivo no lado da solução desse problema. Isso nem é novidade e, só o aumento de produtividade da pecuária, entre 1990 e 2015, resultou em um efeito poupa-terra de mais de 320 milhões de hectares, conforme estudo do IPEA (Viera Filho, 2018)1. Mais comida para a sociedade e mais renda para o produtor, mantendo a biodiversidade é exatamente do que precisamos.

Bioeconomia: Em uma definição bem sintética, é um modelo de produção industrial baseado no uso de recursos biológicos. (Referência 4). Ela se vale da biodiversidade que, quanto mais diversa, mais tesouros esconde. Cada ser vivo pode ser considerado um laboratório, com inúmeras moléculas com potencial de se tornarem princípios ativos de drogas, defensivos agrícolas, aditivos, etc. São bioinsumos (ver abaixo), mas também a origem de drogas sintéticas, feitas a partir de uma molécula natural ou, como é mais comum, sintetizando apenas a fração dela que causa a atividade desejada.

Bioinsumo: Considera-se bioinsumo o produto, o processo ou a tecnologia de origem vegetal, animal ou microbiana, destinado ao uso agropecuários que interfiram positivamente no crescimento, no desenvolvimento e no mecanismo de resposta de animais, de plantas, de microrganismos e de substâncias derivadas e que interajam com os produtos e os processos físico-químicos e biológicos (Referência 5). No Brasil, um dos exemplos mais bem sucedidos de bioinsumo são os fixadores biológicos de nitrogênio (FBN). Segundo o também embrapiano Dr. Cleber Oliveira, atualmente diretor de inovação do MAPA e responsável pelo Programa Nacional de Bioinsumos, os FBN e outros promotores de crescimento biológico seriam usados já em 40 milhões de hectares, economizando bilhões de dólares aos produtores. Ele comentou também dos 10 milhões de hectares em que se tem usado controle biológico de pragas. Ainda de acordo com o Dr. Cleber, o programa nacional de bioinsumos visa estimular a área agrícola, repetindo a história de sucesso dos FBN, fomentar a criação de bioinsumos para sanidade e nutrição pecuária e, também, para o pós-colheita visando, por exemplo, a extensão de vida de prateleira dos produtos agropecuários, com sanitizantes e biofilmes. Com relação a este último segue o link de uma iniciativa com excelentes resultados na Embrapa Instrumentação Agropecuária: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/44341675/cera-de-carnauba-com-nanotecnologia-aumenta-tempo-de-prateleira-de-frutos. Outra iniciativa da Embrapa, em parceria como uma empresa privada, disponibilizou um produto baseado em bactérias selecionadas que aumentam a absorção de fósforo pelas plantas: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/45773416/produto-com-tecnologia-brasileira-pode-reverter-dependencia-externa-por-adubos-fosfatados.

Compliance: é um conjunto de políticas e procedimentos internos de uma empresa para cumprir as leis, regras e regulamentos ou para manter a reputação comercial. Uma equipe de compliance examina as regras estabelecidas por órgãos governamentais, cria um programa de compliance, implementa-o em toda a empresa e fiscaliza a adesão ao programa (Referência 6). Em português, a mesma palavra é conformidade. Simples assim!

Consumo consciente: O consumidor consciente é aquele que leva em conta o meio ambiente, a saúde humana e animal, as relações justas de trabalho, ao escolher os produtos que compra, e não apenas preço e marca, por exemplo (Referência 7). É esse consumidor para o qual a cadeia de carne bovina deve se preparar para atender os desejos: produzir carne com sustentabilidade e dentro das normas de BEA. Como comentado em vários pontos desse texto, é possível fazer isso e, ao mesmo tempo, aumentar a rentabilidade da propriedade.

Externalidades: Uma externalidade é um custo ou benefício causado por um produtor que não é financeiramente incidido ou recebido por esse produtor. Assim, uma externalidade pode ser positiva ou negativa. As externalidades costumam ser ambientais. Por exemplo, uma externalidade negativa é um negócio que causa poluição e diminui os valores patrimoniais ou a saúde das pessoas nas redondezas, como no caso do mau odor que incomoda moradores de um cidade ao lado de um grande confinamento. Uma externalidade positiva inclui ações que reduzem os custos de tratamentos da água, ao serem coletados em áreas com vegetação rasteira (como as pastagens!!!). Para esse termo, também foi usada como fonte a Investopedia (Referência 8), que deixa em grande destaque que “ Uma externalidade não afeta a entidade que causa a externalidade”.

Intensificação Sustentável: É qualquer ação que promova uma aumento de produção e/ou produtividade, mas cuja adoção não implica em reduzir a chance dele se manter viável ao longo do tempo podendo, inclusive, aumentar. Felizmente, no caso da pecuária brasileira abundam opções de intensificação que, ao mesmo tempo, fazem a atividade mais lucrativa e reduzem seu impacto ambiental.

ODS, Objetivos do desenvolvimento sustentável: Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), das Nações Unidas (ONU) são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Os 17 ODS formam uma agenda que os países, até 2030, atinjam de forma que, além, de termos um mundo melhor, ele seja duradouro. Elas vão desde “Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares” (a ODS 1) até “Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável” (a ODS 17), passando por segurança alimentar (alimento para todos), saúde, educação, saneamento, energia, trabalho, redução das desigualdades, segurança, ambiente e paz (Referência 10). A pecuária sustentável é fundamental para a obtenção de vários ODS e recentemente escrevi sobre isso ao comentar um artigo de pesquisadores da Universidade da Flórida: http://portaldbo.com.br/producao-animal-e-a-sustentabilidade-que-nao-deixa-ninguem-para-tras/.

Pagamento por serviços ambientais (PSA): Seria um mecanismo de compensação voluntária (pagamento ou outra forma) aos proprietários de terra (provedor de Serviços Ambientais) por adotarem melhores práticas de manejo e conservação, que possam resultar em uma prestação de serviços ambientais contínuos e de melhor qualidade, em benefício de um usuário específico ou da sociedade como um todo (beneficiário dos Serviços Ambientais). Essa definição é da presidente do Portfólio Serviços Ambientais da Embrapa, minha colega Dra. Rachel Bardy Prado, da Embrapa Solos. Ela complementou com a informação que cada iniciativa de PSA pode ter o arranjo institucional, método de valoração e serviços ambientais específicos, sendo os PSA mais comuns os focados no carbono, na água e na biodiversidade. Mais informações podem ser obtidas na publicação “Marco referencial em serviços ecossistêmicos”, disponível em https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1110948/marco-referencial-em-servicos-ecossistemicos. Se há algo que pode mais fazer com que o nexo produção de alimentos e preservação ambiental ganhe impulso é criarmos mecanismos efetivos de PSA. Convencer a sociedade para arcar com mais esse custo não é tarefa fácil e meios criativos, que consigam que eles sejam voluntários ou lastreados em algum arranjo de investimento inovador, teriam um enorme potencial de mudança no cenário atual.

Sustentabilidade: Capacidade de atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações. A atividade sustentável sustenta-se em três pilares, sendo (i) economicamente viável, (ii) ambientalmente correta e (iii) socialmente justa. Ilustrando o conceito, é como quando somos crianças e entortamos uma régua por vezes seguida e, cada vez, um pouquinho mais, até a hora que ele quebra. Todas as tentativas anteriores a quebrar podem ser consideradas “sustentáveis” e a que quebrou a régua seria a “insustentável”, afinal a régua não poderá ser mais usada por você, nem futuramente pelos seus filhos. Na prática agropecuária sempre estamos a “entortar a régua”, mas, atentando para os pilares da sustentabilidade, não teremos que buscar uma nova!

Serviços ambientais: No site do MMA, encontramos a seguinte definição “Os serviços ambientais são todas as atividades humanas que favorecem a conservação ou a melhoria dos ecossistemas e, como consequência, contribuem com a manutenção dos serviços ecossistêmicos fornecidos” (Referência 9). Em seguida é explicado que apesar de serviços ecossistêmicos como sinônimos de serviços ambientais, haveria uma tendência em distingui-los, sendo primeiro referente à contribuição da natureza para as sociedades, enquanto os serviços ambientais como as ações humanas que melhoram os serviços ecossistêmicos. Como exemplo de Serviços ambientais, é usada a restauração de uma área de preservação permanente com o plantio de mudas que vai melhorar o ecossistema de vegetação nativa na beira do rio e, assim, favorecer o serviço de regulação do fluxo de água e de controle da erosão.

Títulos Verdes (Green Bonds): Um título verde é um tipo de instrumento investimento financeiro especificamente destinado a arrecadar dinheiro para projetos climáticos e ambientais. Esses títulos são normalmente vinculados a ativos e garantidos pelo balanço patrimonial da entidade emissora, de modo que geralmente carregam a mesma classificação de crédito que as outras obrigações de dívida de seus emissores (Referência 11) Conforme texto publicado no “Estadão”, Vitor Bidetti, da Integral BREI, fez a seguinte observação: “O Brasil perdeu seu grau de investimento (investment grade) e sem esse “selo” muitos dos maiores investidores globais deixaram de fazer aplicações no mercado brasileiro porque suas políticas de investimento não permitiam. Mas quando se trata de aplicações “verdes” o acesso desses gigantes ao nosso mercado está liberado, o que tem potencial de atrair bilhões de dólares para cá”.

Fica a esperança que o conhecimento desses termos ajude na marcha para a produção sustentável de carne. Um dos maiores gargalos é, exatamente, capital e assistência técnica (considerada cara…) para que os pecuaristas intensifiquem seus sistemas de produção, passando de um situação inferior de tecnologia para um degrau superior. Pular cada degrau é particularmente complicado para aqueles mais extensivos e parece faltar à maioria desses programas uma modelagem que tenham mecanismos que facilitem a adesão de produtores com esse perfil, os ajudem a superar os desafios e a se consolidarem no novo patamar.

Seja qual for o caso, o bom é ir se acostumando com esse palavreado e, na medida de cada um, não perder as chances que elas trazem para materializar a promessa de produzir mais alimento, com maior renda e ajudando a termos um mundo mais bem conservado.

Endereços na Internet das Referências apresentadas:

Referência 1 – ASG: https://www.investopedia.com/terms/e/environmental-social-and-governance-esg-criteria.asp

Referência 2 – BEA: adaptado de texto no site da Sociedade Americana de Médicos Veterinários sobre publicação da Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) disponível em http://www.oie.int/index.php?id=169&L=0&htmfile=chapitre_1.7.1.htm

Referência 3 – Biodiversidade: Essa definição foi simplificada daquela presente no site no Ministério do Meio ambiente: https://www.mma.gov.br/biodiversidade/biodiversidade-brasileira/gloss%C3%A1rio.html.

Referência 4 – Bioeconomia: https://www.embrapa.br/tema-bioeconomia

Referência 5 – Bioinsumos: Uma lista com conceitos de bioinsumos pode ser acessado em https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/bioinsumos/o-programa/conceitos. Foi dela que adaptamos o conceito acima.

Referência 6 – Compliance: https://www.investopedia.com/terms/c/compliance-program.asp

Referência 7 – Consumo Consciente: . Simplificamos, mais uma vez, o texto do sítio do MMA. https://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/producao-e-consumo-sustentavel/consumo-consciente-de-embalagem/quem-e-o-consumidor-consciente.html#:~:text=O%20consumidor%20consciente%20%C3%A9%20aquele,do%20seu%20ato%20de%20consumo

Referência 8 – Externalidade: https://www.investopedia.com/terms/e/externality.asp

Referência 9 – Serviços ambientais: https://www.mma.gov.br/biodiversidade/economia-dos-ecossistemas-e-da-biodiversidade/servi%C3%A7os-ecossist%C3%AAmicos.html#servi%C3%A7os-ambientais

Referência 10 – ODS da ONU: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs

Referência 11 – Green Bonds (Títulos Verdes) Adaptado de https://www.investopedia.com/terms/g/green-bond.asp

1 http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8381/1/TD_2386.pdf

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