Para alguns pecuaristas, não é só o milho que está faltando no cocho: o suplemento mineral também. Desde o início deste mês de junho, duas grandes fabricantes têm informado atrasos na entrega e até a paralisação provisória de vendas desses produtos. Os anúncios foram da DSM Tortuga e Matsuda e têm corrido por grupos de WhatsApp entre pecuaristas, causando estranhamento entre os produtores.
No entanto, o problema pode ser pontual e provocado por uma série de fatores secundários, segundo o administrador de empresas Daniel Guidolin, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram).
Foto: Divulgação/Asbram
“Oficialmente, não fomos informados de paralisações de vendas nem de atrasos de entrega. Muitas empresas estão operando e entregando seus produtos normalmente”, diz Guidolin.
De fato, o setor como um todo, tem sentido atrasos na produção de suplementos minerais por falta de embalagens, por paralisações provocadas pela Covid-19 e até falta de frete.
“Para se ter uma ideia, há dificuldade de contratar frete de sal branco de Mossoró, no Rio Grande do Norte, para Estados como Goiás e Mato Grosso. Então pode ser uma mistura de pequenas situações, que somadas, trouxeram problemas pontuais a essas empresas”, diz Guidolin.
Demanda em alta
Uma procura brusca por produtos de suplementação mineral por parte dos pecuaristas pode explicar também o descompasso visto nas indústrias. Se a ideia é terminar o gado o mais rápido possível nos confinamentos, o uso da suplementação é de grande ajuda nessa hora.
“De fato, o aumento da arroba do boi facilita a aplicação de uma tecnologia, então quando se tem uma arroba valorizada, o produtor tem dinheiro na mão para investir em suplementação”, diz o presidente da Asbram.
Os dados preliminares falam de um aumento 5% a 6% no primeiro semestre deste ano em relação ao ano passado. Foi justamente esse fator que fez a DSM Tortuga a esclarecer aos produtores o aumento no prazo de entrega dos produtos. Segundo a empresa, o prazo de entrega saiu de 10 a 15 dias para 30 dias. No entanto, afirma estar operando sem problemas de vendas e de produção. O Portal DBO entrou em contato com a Matsuda, mas até agora não obteve uma resposta da empresa.
Fosfato em falta?
Uma das matérias-primas para a fabricação de suplemento mineral para incorporar na ração de bovinos, suínos e aves é o fosfato dicálcico (ou bicálcico). Apesar de Guidolin afirmar que há uma restrição momentânea do produto no mercado, sua falta não deve ser a razão dos atrasos.
Segundo ele, atualmente o Brasil produz grande parte do que consome. São um pouco mais de 1 milhão de toneladas de fosfato dicálcico por ano. No ano passado a importação foi de 9,3% desse volume: 98,2 mil toneladas. A compra significou 29,4% a mais ante 2019, segundo a base de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia (ME).
Foram constatados alguns atrasos de entrega das empresas de extração do produto no País, como a Mosaic e a CMOC, maiores nesse segmento.
“O que sabemos é que teve um atraso de entrega, mas creio que não foi por falta do produto em si”, explica Guidolin.
Para o executivo da Asbram, planejar as compras com antecedência poderiam ter evitado o descompasso nas indústrias. Os produtos, se bem armazenados, e dependendo do tipo de suplemento, as compras podem ser feitas com muita antecedência de um ano para o outro.
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