Pecuaristas só soltam a boiada mediante a preços mais altos e arroba fica perto de R$ 320 em SP

Com oferta bastante escassa de animais terminados, os frigoríficos continuam perdendo a queda de braço nos balcões de negócios; cotações mantêm trajetória de alta em todo o País

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Nesta quarta-feira, 16 de junho, o mercado brasileiro do boi gordo registrou lentidão nos negócios, com novas valorizações de preços em algumas praças pecuárias, informa a IHS Markit.

“O volume de negociações segue a passos lentos na maioria das regiões do País, com exceção do Norte e Nordeste (onde há uma certa liquidez nas transações)”, ressalta a consultoria.


Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, as escalas de abate das indústrias de São Paulo atendem, em média, a sete dias.

Nas praças paulistas, as cotações de todas as categorias destinadas ao abate apresentam estabilidade na comparação diária, destaca a Scot.

Com isso, o boi, vaca e novilha estão apregoados, respectivamente, em R$ 317/@, R$ 294/@ e R$ 310/@ (preços brutos e a prazo), relata a consultoria.

Para bovinos com padrão exportação (abatidos mais jovens, com idade até 30 meses), os negócios ocorrem em até R$ 320/@, nas mesmas condições de pagamento, informa a Scot.

Segundo a IHS Markit, efetivações de negócios envolvendo lotes mais volumosos de boiadas gordas ocorrem apenas mediante o pagamento de prêmios sobre o valor de balcão.

As escalas de abate avançam de maneira modesta ao longo dos últimos dias, acrescenta a IHS. Porém, as indústrias frigoríficas parecem não demonstrar grande urgência na compra de animais no curtíssimo prazo, pois seguem cautelosas em relação ao comportamento do consumo interno de carne, sobretudo nesta segunda quinzena do mês, sazonalmente o período de menor demanda pela proteína, devido ao menor poder aquisitivo dos trabalhadores, enfraquecido pelo esgotamento dos salários de início de mês.

Paralelamente, continua a IHS, de uma maneira geral, a restrição de oferta já afeta várias plantas frigoríficas, principalmente as unidades que só conseguem vender cortes bovinos ao mercado interno.

“Há relatos de alguns abatedouros que optaram por comprar apenas vacas (cujos preços são mais baratos), ou até mesmo conceber férias coletivas”, relata a IHS, acrescentando que tal situação é mais evidente hoje na região Sul do País.

Diante da escassez de boiadas, as unidades habilitadas para vender carne bovina ao mercado internacional adotam o reescalonamento em suas programações de produção, prolongando virtualmente os abates diários, sem a necessidade de novas compras de gado, informa a IHS.

SAIBA MAIS | Carne bovina: Com restrições para produção local, China continuará importando mais proteína do Brasil

Segundo a consultoria, grande parte dos boiteis do País já se encontra com uso máximo de sua capacidade instalada.

Porém, observa a IHS, já existe um movimento para expandir a capacidade de engorda no cocho dos boiteis, o que pode ampliar a oferta de animais terminados no final do ano.

Na avaliação da IHS, os pequenos e médios produtores devem continuar direcionando os seus recursos nas atividades de cria e recria, deixando a engorda ou terminação dos animais para grandes agentes, que detêm maior poder de negociação para reduzir os custos altos da nutrição.

Nesta quarta-feira, entre as principais praças pecuárias do Brasil, foram registradas variações positivas nos preços da arroba no Rio Grande do Sul, São Paulo, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, de acordo com dados apurados pela IHS Markit (CONFIRA abaixo os preços atuais de machos e fêmeas nas principais regiões do País).

Entre os Estados destacados acima, a situação é mais crítica no RS, onde o quadro de escassez de oferta gado gordo é bastante alto.

No mercado atacadista brasileiro, os preços dos principais cortes bovinos, assim como do couro e sebo industrial, permaneceram estáveis nesta quarta-feira. A demanda pela proteína bovina segue lenta, situação típica da segunda quinzena do mês, ressalta a IHS.

Cotações máximas desta quarta-feira, 16 de junho, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 309/@ (à vista)
vaca a R$ 290@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 309/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 295/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 308/@ (prazo)
vaca a R$ 297/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 294/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 306/@ (à vista)
vaca a R$ 293/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 301/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca R$ 290/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 312/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 292/@ (à vista)
vaca a R$ 282/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 327/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 327/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 281/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 299@ (prazo)
vaca a R$ 291/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 297/@ (à vista)
vaca a R$ 288/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 291@ (à vista)
vaca a R$ 268/@ (à vista)

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