Uma onda de cortes de orçamento de cerca de R$ 3 bilhões está em curso no governo do presidente Jair Bolsonaro. Os recursos sairão do planejamento de seis pastas (Agricultura, Cidadania, Ciência e Tecnologia, Defesa, Educação e Turismo) e deverão ser realocados em investimentos de obras, através do Plano Pró-Brasil. O governo federal espera, com isso, destravar a economia.
Os cortes no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) seriam de cerca de R$ 250 milhões.
“Não estou feliz com isso”, declarou a ministra da pasta Tereza Cristina, durante uma transmissão on-line com o tema “Retomada da economia”, promovida pelo jornal O Estado de São Paulo (Estadão), na manhã desta quinta-feira (17/9). Para ela, os cortes podem comprometer a pesquisa da Embrapa e os trabalhos do projeto de regularização fundiária, que está em andamento no governo.
“O Ministério da Agricultura, internamente, pode se adequar, mas a pesquisa e a regularização fundiária, que é um dos temas que o governo tem como prioridade, precisam ter recursos”, disse a ministra.
“Vamos brigar até o último momento eu sou pequenininha, sou quietinha, mas eu brigo duro.”
Saque no caixa da Embrapa
Não é primeira vez que o governo, diminui o orçamento do mais importante órgão público de pesquisa agropecuária do País. A estatal já sofreu também outro corte de R$ 266,5 milhões em meados de agosto.
O orçamento da Embrapa aprovado pela Comissão Mista de Orçamento e o Plenário do Congresso Nacional, no final do ano passado, foi de R$ 3,71 bilhões.