Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemat), estudo do pesquisador Eduardo Eustáquio de Souza Figueiredo constatou que a carne bovina in natura produzida em Mato Grosso atende às legislações nacionais e internacionais, bem como a condições higiênicas satisfatórias. Figueiredo é doutor em Ciências de Alimentos da área de Microbiologia de Alimentos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
O professor e uma equipe de bolsistas de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) avaliaram a qualidade sanitária da carne bovina resfriada e embalada a vácuo, não maturadas, produzidas e fiscalizadas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) no Estado.
De acordo com a Fapemat, foram analisadas 60 amostras em vários frigoríficos, de diversos municípios entre os anos de 2015 e 2018. A nota informa que foram usados diferentes sorotipos, submetidas a análises microbiológicas que levaram em conta, inclusive, riscos de transmissão de alguns patógenos, entre eles, a Escherichia coli, que está associada a infecções intestinais.
“Os resultados tiveram interpretação de acordo com a indicação de cada método e comparados com as referências microbiológicas e padrões estabelecidos pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 12 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, diz o comunicado.
A Fapemat lembra que o Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo, com cerca de 1,64 milhão de toneladas exportadas no ano passado, e que aproximadamente 20% dessa carne é produzida no Mato Grosso, conforme números do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac).
“Por isso o controle higiênico e sanitário de todo o processo é indispensável para garantir que o Estado continue colocando no mercado produtos de qualidade e que não ofereçam riscos. A certificação da carne também mantém a competitividade e a expansão da cadeia produtiva”, avalia o pesquisador por meio da nota.