Os pecuaristas que atuam no segmento de terminação terão grandes desafios pela frente, observam a equipe de pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), de Piracicaba, SP, referindo-se aos avanços nos preços boi magro e dos grãos registrados nos primeiros meses deste ano – atualmente em patamares recordes.
Segundo o Cepea, a média de preços do boi magro vendido no Estado de São Paulo neste mês está próxima de R$ 4.600/cabeça, aumento de 5% frente ao valor médio do mês anterior e acréscimo de quase 21% sobre a cotação de março de 2020, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IGP-DI).
Por sua vez, o milho, importante insumo utilizado na alimentação animal, atingiu nesta semana novo recorde diário real da série histórica do Cepea, chegando ao valor médio de R$ 89,98/saca (Indicador ESALQ/BM&FBovespa, praça Campinas, SP), com avanços reais de 7,2% frente à média de fevereiro/21 e de 24% em relação ao valor médio de março do ano passado.
Segundo o Cepea, para buscar uma margem positiva, os pecuaristas “devem avaliar com cautela o movimento dos valores dos insumos e usar de modo eficaz ferramentas de gestão de seus custos de produção”. No caso de confinamentos, ressaltam os pesquisadores, o boi magro e o milho são itens de maiores custos, podendo chegar a representar de 90% a 95% dos gastos totais, dependendo da região do País.