No último artigo da série, o veterinário Rogério Fonseca e a zootecnista Renata Brandão de Góis falam sobre manejo de maternidade e formação de lotes
Por Rogério Fonseca Guimarães Peres – Médico veterinário, com pós-graduação e mestrado em Produção de Ruminantes; e Renata Brandão de Góis – Zootecnista, supervisora de pecuária da Agropecuária Nelore Paranã, e mestranda do programa de pós-graduação em Zootecnia do IF Goiano.
Com o início da estação de nascimentos entre agosto e setembro, o foco na fazenda de cria deve ser direcionado aos manejos de maternidade e à formação dos lotes, tema do último artigo desta série. O número de animais em cada lote varia de acordo com o sistema de criação da propriedade e o tamanho dos pastos. As fêmeas com previsão de parto próximo devem ser encaminhadas para o piquete-maternidade, para facilitar seu acompanhamento pelos funcionários, que devem estar sempre atentos a possíveis complicações no parto.
Caso observem alguma dificuldade da fêmea em parir, é fundamental que busquem orientação do médico veterinário, e caso seja necessária alguma intervenção, esta deve ser feita da melhor forma possível, com o objetivo de salvar a matriz e o bezerro.
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No manejo de maternidade, são realizados os procedimentos pré-definidos e a identificação dos bezerros, sempre informando, na ficha de registro, sua respectiva mãe e o ECC (escore de condição corporal) ao parto. Lembramos que o ECC reflete o status nutricional do animal, em consequência da disponibilidade de alimento. Ele também influencia diretamente na prenhez à primeira IATF, como comprovado em estudo realizado pelo médico veterinário Rafael Silveira Carvalho.
Quanto aos cuidados com o bezerro é muito importante, que o manejo de maternidade seja realizado com frequência, para diminuir ao máximo a mortalidade de bezerros. Pode-se considerar como aceitável uma taxa de 4%. Quando a propriedade ultrapassa esse índice, precisa prestar maior atenção aos procedimentos realizados na maternidade e ajustar o manejo.