Plano safra: CNA avalia que volume de recursos veio dentro do esperado

A política pública de financiamento agropecuário para a safra 2021/22, que começa em 1º de julho, foi anunciada nesta terça-feira (22) pelo governo federal

Continue depois da publicidade

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia que o Plano Safra 2021/22 foi “bom”, destacando que o volume de recursos aumentou “consideravelmente”.

“Em virtude de toda a confusão que tivemos com votação do orçamento que levou até ao cancelamento das contratações de custeio, o volume de recursos disponibilizados veio dentro da expectativa do produtor com aumento expressivo nas linhas de investimento para pequenos e médios produtores”, disse a assessora Técnica de Política Agrícola da CNA, Fernanda Schwantes.


A política pública de financiamento agropecuário para a safra 2021/22, que começa em 1º de julho, foi anunciada nesta terça-feira (22) à tarde pelo governo federal. O plano oferecerá aos produtores rurais do País R$ R$ 251,22 bilhões, 6,3% a mais do que os R$ 23630 bilhões disponibilizados na temporada 2020/21.

SAIBA MAIS:
+Plano Safra 2021/2022 cresce 6,3% com R$ 251,2 bilhões em recursos

No período, o Tesouro Nacional vai garantir aporte de R$ 13 bilhões para equalização das taxas, 13% acima dos R$ 11,5 bilhões alocados no ciclo 2020/21, mas abaixo do valor pedido pela CNA de R$ 15 bilhões.

“Entendemos que foi o que a ministra Tereza Cristina conseguiu negociar. Ela até disse que não era o que gostaria e vai trabalhar para melhorar”, avaliou Fernanda.

Para o seguro rural, a CNA havia proposto ao governo orçamento de R$ 1,6 bilhão para a subvenção econômica ao prêmio do seguro rural (PSR). Mas o valor disponibilizado ficou em R$ 1 bilhão, abaixo do R$ 1,3 bilhão ofertado no ciclo anterior. “A ministra também disse que vai trabalhar para aumentar esse valor. Consideramos essa fala bem importante da tentativa dela de tentar articular com o Congresso para aumentar volumes para subvenção do seguro”, apontou Fernanda.

Segundo a representante da CNA, a entidade avalia que é por meio da subvenção ao seguro rural que o governo pode alavancar investimentos privados para o setor. “Fizemos um estudo que mostrou que o mercado teria condições de absorver R$ 1,6 bilhão de subvenção ao seguro”, pontuou a assessora técnica da CNA.

Ponto negativo

A CNA viu nas taxas de juros das linhas de crédito do Plano Safra 2021/22 o “ponto negativo” da política pública de financiamento agropecuário. As taxas de juros pré-fixadas em linhas de crédito com taxas controladas das linhas de custeio para grandes produtores passou de 6% para 7,5%, para médios foi elevada de 5% para 5,5% e para pequenos da agricultura familiar, de 4% para 4,5%.

“Infelizmente, não foi possível manter as taxas de juros nos patamares atuais em virtude das condições macroeconômicas e do impacto da elevação da taxa Selic na captação das instituições financeiras”, disse Fernanda Schwantes.

Fernanda pondera, entretanto, que a elevação das taxas foi “necessária” para possibilitar o aumento total dos recursos disponibilizados pelo governo, que foi de R$ 251,22 bilhões na safra que se inicia em 1º de julho, 6,3% a mais do que a temporada 2020/21. “Se as taxas fossem mantidas, o volume de recursos viria muito menor do que veio e sabemos que a agropecuária tem demanda por financiamento bastante superior ao ofertado. É uma escolha do governo: manter a condição de juros com volume menor ou dispor mais recursos e ajustar a taxa de juros”, comentou a assessora Técnica da CNA.

Taxas controladas

O diretor de Financiamento e Informação do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz, disse que, dos R$ 251,2 bilhões ofertados para o plano de safra 2021/22, R$ 165,2 bilhões serão disponibilizados com taxas controladas (equalizadas e não equalizadas), 7% a mais do que na temporada 2020/21. Já o montante com taxas de juros livres chegará a R$ 86 bilhões, 5% a mais do que na safra atual. Para subvenção ao seguro rural (PSR), o governo ofertará R$ 1 bilhão em 2022 e para o apoio à comercialização, R$ 1,4 bilhão.

“Agradeço especialmente ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela sensibilidade que tiveram na construção do plano”, disse Vaz na cerimônia realizada nesta terça-feira no Palácio do Planalto.

Para tanto, a Agricultura obteve do Tesouro Nacional R$ 13 bilhões para equalização de taxas, ante R$ 11,5 bilhões na safra 2020/21. Segundo Vaz, dos R$ 13 bilhões, R$ 6,4 bilhões serão para linhas da agricultura familiar e R$ 6,6 bilhões para os demais produtores (médios e grandes).

No caso do Pronaf, programa destinado à agricultura familiar, Vaz destacou que produtores terão a possibilidade de financiar sistemas agroflorestais, a produção de bioinsumos e atividades de turismo rural. Agricultores beneficiados pelo programa tiveram seu limite de renda bruta para enquadramento elevado de R$ 415 mil para R$ 500 mil, um aumento de 20%. Já o limite de renda bruta anual para enquadramento de médios produtores passou de R$ 2 milhões para R$ 2,4 milhões.

Gostou? Compartilhe:
Destaques de hoje no Portal DBO

Continue depois da publicidade

Continue depois da publicidade

clima tempo

São Paulo - SP

max

Máx.

--

min

Min.

--

017-rain

--

Chuva

008-windy

--

Vento

Continue depois da publicidade

Colunas e Artigos

Continue depois da publicidade

Continue depois da publicidade

Leilões em destaque

Continue depois da publicidade

Newsletter

Newsletter

Jornal de Leilões

Os destaques do dia da pecuária de corte, pecuária leiteira e agricultura diretamente no seu e-mail.

Continue depois da publicidade

Vaca - 30 dias

Boi Gordo - 30 dias

Fonte: Scot Consultoria

Vaca - 30 dias

Boi Gordo - 30 dias

Fonte: Scot Consultoria

Continue depois da publicidade

Programas

Continue depois da publicidade

Continue depois da publicidade

Continue depois da publicidade

Encontre as principais notícias e conteúdos técnicos dos segmentos de corte, leite, agricultura, além da mais completa cobertura dos leilões de todo o Brasil.

Encontre o que você procura: