Por enquanto, pressão da indústria só faz cócegas no boi

Oferta restrita para abate controla preços da arroba, que continua firme e acima de R$ 300 em São Paulo

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Nesta segunda semana de fevereiro, o mercado físico do boi gordo deu sinais de que a trajetória de valorização da arroba está perdendo fôlego – registrou-se até casos de quedas nos preços da arroba em algumas regiões pecuárias, mas nada tão intenso, relatam as consultorias de mercado.

Os negócios seguem prejudicados pela baixa oferta de animais prontos para abate e, ao mesmo tempo, pela posição de cautela de boa parte das indústrias compradoras, que relatam dificuldade em repassar os altos custos da matéria-prima (boiada gorda) ao longo da cadeia produtiva.


Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, nesta sexta-feira (12/2), o boi gordo ficou estável na comparação com o dia anterior, cotado a  R$ 302, preço bruto e a prazo. Os preços da vaca e da novilha gordas porém, recuaram R$ 3/@ na comparação diária, negociadas, respectivamente, em R$ 282/@ e R$292/@, acrescenta a consultoria.

Segundo a IHS Markit, a maioria das indústrias frigoríficas continuou a regular os seus processos de compra de gado diante do aperto de suas margens operacionais, mas não conseguem exercer pressão baixista sobre o mercado, uma vez que a oferta se animais prontos para abater segue escassa.

“Os preços praticados no mercado físico do boi gordo se mostram bem mais altos que às máximas apresentadas no ano anterior, mas proporcionalmente, os valores dos principais cortes bovinos não galgaram maiores valorizações neste primeiro trimestre de 2021”, relata a IHS. O consumo da carne bovina, embora tenha esboçado modesta recuperação na primeira quinzena do mês, não possibilitou uma melhora mais consistente que estimulasse repasse pleno dos custos de produção ao consumidor final, acrescenta.

Outro ponto de alerta entre os frigoríficos, continua a IHS, seria o desempenho mais fraco dos embarques da proteína bovina ao exterior. Embora a receita das vendas ao mercado externo ainda garanta uma margem satisfatória às unidades de abate habilitadas, os volumes até aqui ainda são mais baixos, sobretudo se comparado ao ano passado, informa a consultoria.

Ano Novo Chinês é comemorado no país asiático. Foto: AgênciaBrasil

Em parte, o menor ritmo dos embarques é reflexo da menor participação chinesa nas compras do produto brasileiro em função das comemorações do Ano Novo Lunar na China. Porém, observa a IHS Markit, há indústrias que relatam, também, que estão diminuindo participação em alguns mercados consumidores, como no Chile, por não conseguir competir com carnes da Argentina, Uruguai e Paraguai, vendidas a preços mais baixos.

Na primeira semana de fevereiro (5 dias úteis), o Brasil registrou uma média de 4,71 mil ton./dia de carne bovina in natura exportada, desempenho 23,3% inferior ao verificado à média de fevereiro de 2020, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Giro pelas praças

Entre as praças pecuárias acompanhadas, novos ajustes negativos foram observados nesta sexta-feira em alguns Estados. No Mato Grosso do Sul, o descarte de algumas fêmeas e a entrada dos primeiros carregamentos de gado terminado a pasto permitiram adequação das escalas de abate.

No Pará, indústrias também tiveram êxito em alongar escalas e sair dos negócios.

No mercado atacadista, os preços de alguns cortes bovinos cederam no dia de hoje, efeito do fluxo de venda abaixo das expectativas do setor, relata a IHS.

“Diante dos processos de migração para proteínas mais acessíveis, com predileção recaindo sobre a carne de frango, e registro de formação de excedentes para alguns cortes, a opção de ajuste nos preços serviu para manter a regularidade dos negócios e não prejudicar o escoamento da produção”, observa a IHS. As expectativas não apontam evolução mais consistentes para os próximos dias devido à segunda quinzena, completa a consultoria.

Cotações desta sexta-feira (12/2), segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 284/@ (à vista)
vaca a R$ 271/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 277/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 289/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 289/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 283/@ (à vista)
vaca a R$ 272/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 291/@ (prazo)
vaca R$ 2786/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 288/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 279/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 2852/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 275@ (prazo)
vaca a R$ 273/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 274/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 279/@ (à vista)
vaca a R$ 268/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 262/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 283/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

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