Portos árabes não pararam durante a crise

Secretário-geral da Câmara Árabe afirmou que os portos árabes estão tomando todo o cuidado para que não haja contaminação na entrada e saída de cargas

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Secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour. Foto: Divulgação

“Mesmo com a crise da pandemia, os portos árabes não fecharam e não têm a pretensão de fechar”, disse o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour (foto acima), no webinar “Desafios da Covid-19 para o setor logístico-portuário” promovido pela Brasil Export na tarde desta quinta-feira (07).

O secretário afirmou que os portos árabes estão tomando todo o cuidado para que não haja contaminação na entrada e saída de cargas. “Proibiram a troca de tripulação em todos os portos árabes para evitar qualquer tipo de contaminação, e também proibiram que atraquem navios turísticos até segunda ordem”, informou.


Segundo informações da Câmara Árabe, os cinco maiores destinos das exportações brasileiras entre os países árabes são Emirados Árabes, Arábia Saudita, Egito, Argélia e Omã. Os principais produtos embarcados são proteína animal, produtos agrícolas, grãos e minério de ferro. “Omã tem uma das maiores filiais da Vale fora do Brasil. Vitória e São Luís são a válvula de escape para os navios da Vale, que em 18 a 20 dias chegam nos portos de Omã”, destacou.

Os países árabes que mais vendem ao Brasil são Arábia Saudita, Argélia, Marrocos, Emirados Árabes e Catar. “O Marrocos é o maior exportador de fosfato do mundo, ele praticamente é a base dos nossos fertilizantes hoje, então suas cargas vão para o Rio Grande do Sul, Paranaguá e Santos”, informou.

Mansour falou sobre países árabes em webinar. Foto: Reprodução

Segundo Mansour, a Câmara Árabe vem trabalhando junto aos governos para facilitar o lado burocrático das transações comerciais e da parte logística. “O desembaraço de mercadorias, o custo do frete, estamos trabalhando pra aumentar a digitalização, para passar os documentos das exportações online, economizado tempo e dinheiro. Já temos sucesso com o Kuwait e o Bahrein, e estamos em trâmite com Egito, Jordânia e Arábia Saudita”, disse.

Mansour declarou que a crise da Covid-19 está fortalecendo ainda mais a relação entre o Brasil e o mundo árabe. “Isso é fundamental porque demonstra a fidelidade dos mercados. O árabe é um mercado neutro, de extrema gratidão e fidelidade com o Brasil, e ele está completamente fora da guerra comercial, não temos nada a ver com Estados Unidos ou China, nós queremos ser parceiros fiéis ao Brasil e que o Brasil seja parceiro fiel aos árabes. Assim que terminar esse período de crise, vamos retomar sim a conversa referente aos investimentos, não falo apenas de investimentos árabes no Brasil, gosto de falar em parcerias estratégicas de longo prazo. Existe uma mega oportunidade sim para a gente discutir essa parte de investimentos diretos”, disse.

Em 2019, o bloco de 22 países árabes foi o terceiro maior destino das exportações brasileiras, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Foram exportados US$ 12,24 bilhões em produtos, principalmente carne bovina e de frango, açúcar, minério de ferro e milho, uma alta de 6,7% em relação ao ano anterior. As importações somaram US$ 6,99 bilhões, queda de 8,3% no mesmo comparativo. Os principais produtos comprados foram petróleo, fertilizantes, plásticos, alumínio e peixes congelados.

O evento virtual teve moderação de Fabrício Julião, diretor-presidente da Una Marketing Eventos, realizadora do Fórum Nacional Brasil Export e contou com a participação de cerca de 40 pessoas, entre elas a deputada federal Patricia Ferraz (Podemos-Amapá), o diretor comercial da DP World Santos, Fábio Siccherino, o consultor portuário Mario Povia, e a diretora da Piacentini do Brasil, Elck Fogagnoli.

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