A semeadura dentro da janela ideal de cultivo, assim como os bons volumes de chuvas durante o desenvolvimento das lavouras, favoreceram a produtividade do milho safrinha (segunda safra) em grande parte das regiões produtoras do Brasil, informa novo relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Rabobank.
O banco estima que a safrinha 2018/19 deve ser a maior da história, com perspectiva de atingir 70,4 milhões de toneladas, 5% superior frente ao último recorde observado no ciclo 2016/17.
A consolidação das boas condições de produtividade da safrinha, somada a colheita da safra verão, deve levar a produção brasileira de milho a atingir 97,4 milhões de toneladas na safra 2018/19, recuperação de 20% frente ao observado no último ciclo, de acordo o Rabobank.
Essa forte recomposição da oferta, aliada à elevada possibilidade de elevação de estoques nacionais, ditava um viés de pressão sobre os preços do milho no mercado interno. Porém, condições adversas de clima na semeadura de milho nos EUA deram forte sustentação às cotações do cereal no mercado internacional ao longo de maio, levando a uma alta de 20% nos preços no último mês.
Essa valorização refletiu na paridade de exportação, o que deu forte suporte às cotações de milho no Brasil. Nesse mesmo período, os preços na bolsa de mercadoria B3 passaram de patamares próximos à R$ 32/saca para R$ 38/saca.
Na avaliação do Rabobank, a intensificação da colheita de milho safrinha nas regiões produtoras pode exercer pressão sazonal nos preços em junho e julho. Além disso, continua o banco, o desenvolvimento da taxa de câmbio pode alterar o nível da paridade de exportação.