A maior oferta de tomates tem pressionado preço do produto nos principais atacados do país este mês. Entre os dias 14 e 18 de outubro, o tomate salada longa vida 3A teve acentuada desvalorização no atacado brasileiro. Segundo o Hortifruti/Cepea, somente no Rio de Janeiro a queda foi de 57,35% no preço do produto, cotado a R$ 27,37 a caixa de de 18 a 20 quilos.
Em São Paulo, a caixa foi cotada em R$ 26,38 – queda de 55,20%. Já em Belo Horizonte, Minas Gerais, a caixa de tomate ficou em R$ 23,44,redução de 48,59%, enquanto que em Campinas foi de 49,34% com a caixa sendo vendida a R$ 27,50.
De acordo com a equipe do Cepea, o excesso de oferta é explicado pelo forte aumento das temperaturas nos últimos dias, o que acelerou a maturação dos frutos das regiões que estão finalizando a colheita da primeira parte da safra de inverno e das que estão iniciando ou em pico da segunda parte da safra, como Paty do Alferes (RJ) e Sumaré (SP).
“Tomates ponteiros não estão sendo colhidos, e quando são, muitas vezes acabam descartados, já que não há mercado, ou o valor oferecido não paga o frete”, esclarece a instituição em nota. Na Ceagesp, entre os dias 21 e 25 de outubro, o tomate salada longa vida 3A se desvalorizou 22% em relação à semana passada, sendo comercializado a R$ 20,44/caixa de 18 a 20 quilos. Segundo atacadistas, há muitos tomates maduros, devido ao calor intenso, e com isso, a qualidade também foi prejudicada.
Para os próximos dias, com o encerramento acelerado da safra nas lavouras mais velhas por conta do calor, pode haver menor volume de tomates no mercado. Entretanto as altas temperaturas devem continuar acelerando o ciclo das demais lavouras, o que deve manter as cotações pressionadas.