Caso a produção não seja destinada a outros mercados, o impacto gerado no mês de outubro, considerando o ritmo das exportações em 2021, indica uma perda de faturamento com as exportações de até US$ 88,17 milhões somente para Mato Grosso.
De acordo com o Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), dados preliminares da Secex apontam uma redução de 30,19% no valor diário movimentado pelas exportações de carne bovina para todos os países.
Com relação ao volume, a queda é de 43% por dia, referente aos 10 dias úteis de outubro/21.
O diretor de operações do Imac, Bruno de Jesus Andrade, explica que os números já refletem o efeito China.
“No Brasil, até o momento a perda diária foi de 10,4 milhões de dólares por dia útil e 42% desta receita seria de Mato Grosso. A suspensão está trazendo prejuízos não só para a indústria, no campo a arroba do boi já caiu cerca de 20% nas últimas semanas”, afirma Bruno Andrade.
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Isso indica um prejuízo para todos os elos da cadeia, em especial confinadores de gado de corte que precisam comercializar seus animais terminados.
Um levantamento realizado pelo Imac aponta uma queda na atratividade das exportações de carne bovina para a China em 2021. Em 2020, o índice de atratividade era, em média, 123,1 e em 2021, a média de janeiro a setembro, o índice caiu para 94,3.
Este indicador apresenta quantas arrobas podem ser compradas com a venda de uma tonelada de carne exportada.
“O poder de compra de uma tonelada de carne exportada para a China reduziu entre 2020 e 2021, ainda que essa relação tenha melhorado entre agosto e setembro de 2021. Essa informação anterior somada à análise do indicador Equivalente Físico (EF) aponta que a indústria está vendendo a carcaça em valor inferior ao preço pago por ela à carcaça comprada do pecuarista”, afirma o diretor do Imac.
Perspectivas – Com maior oferta de carne no mercado interno, há perspectivas de que o preço da carne reduza no mercado local, caso as exportações não sejam retomadas em curto prazo.
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A arroba do boi e o preço da carne no atacado já estão sendo negociados em valores menores.
“O varejo é o setor que mais demora para repassar essa queda de preço ao consumidor. Pode levar mais tempo para que desvalorização no campo e no atacado possa ser verificado nas gôndolas dos supermercados.”, explica Bruno Andrade.
Fonte: Ascom Imac