Pressão de baixa continua e boi perde um pouco mais de força

Consultorias Scot e IHS Markit mostram que posição de cautela da indústria na compra de boiada surte efeito e em alguns Estados produtores ofertam um pouco mais de gado

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Nesta quinta-feira (3/12), as indústrias brasileiras de carne bovina registraram escalas de abate mais confortáveis, abrindo caminho para mais uma rodada de baixa nos preços do boi gordo. Em São Paulo, segundo apurou a Scot Consultoria, os frigoríficos abriram o dia ofertando R$ 3 a menos pela boiada gorda, na comparação com os valores da quarta-feira (2/12). Desse modo, a cotação da arroba paulista se estabeleceu em R$ 270/@, preço bruto e à vista. Quanto às fêmeas, os preços ficaram estáveis em relação ao dia anterior, em R$ 255/@ e R$ 268/@ para a vaca e novilha gordas, respectivamente, de acordo com a Scot.

Na visão da IHS Markit, o menor apetite para as compras por parte das indústrias explica o atual movimento de baixa no mercado. “Mesmo que as ofertas de boiada gorda continuem restritas, os frigoríficos seguem operando com capacidade de abate reduzida, uma vez que o mercado atacadista da carne bovina ainda parece um pouco indefinido”, relata a consultoria.


Ainda segundo a IHS, os frigoríficos, sobretudo os de maior porte, conseguiram definir bem a programação de abate para a primeira quinzena de dezembro, ao aproveitar a chegada de lotes oriundos de confinamentos próprios e negócios a termo. De certa forma, continua a IHS, os poucos carregamentos ofertados ao mercado nesta quinta-feira serviram para fechar lacunas nas escalas de abate das indústrias.

Pelo lado da oferta, a IHS apurou um movimento maior de vendas por parte de alguns pecuaristas, que estavam retendo os animais gordos nas fazendas, na esperança de uma alta ainda maior na arroba. Essa maior oferta partiu principalmente dos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, observa a consultoria. “Os elevados gastos com ração não permitem reter por muito tempo os lotes nos cochos, o que também colaborou para uma maior liquidez de negócios e, em consequência, espaço para movimentos de baixa nos preços”, justifica a IHS.

Em algumas regiões do interior paulista, as indústrias frigoríficas já testam efetivações de negócios a preços bem abaixo que as máximas vigentes, mas a dificuldade na alocação de volumes mais significativos limita a intensidade das quedas, relata a IHS.

No atacado, o fluxo das vendas dos cortes bovinos seguiu instável e retraído, ainda reflexo dos sucessivos aumentos nos preços desses produtos verificados em novembro passado. As quedas nos preços das carnes concorrentes também afastaram o consumidor da carne vermelha, produto tradicionalmente mais caro.

Segundo informa a IHS, distribuidores e varejistas reduziram o volume de compra de carne bovina, fato que contribuiu para os primeiros registros de sobras de mercadorias nos entrepostos situados em algumas regiões do País. Para tentar manter um nível regular das vendas, alguns frigoríficos ajustaram (para baixo) preços dos cortes a fim de manter o fluxo de negócios, relata a consultoria.

Giro pelas praças

Entre as praças pecuárias do Centro-Oeste, sobretudo nos Estados do Mato Grosso e Goiás, muitos pecuaristas liquidaram ofertas remanescentes de gado confinado e isso ajudou a intensificar as baixas de preços nos mercados locais, destaca a IHS Markit.

No Mato Grosso do Sul, relata a consultoria, é o fraco interesse de compra pela paralisação de algumas indústrias que segue fragilizando o mercado regional, informa a consultoria.

No Norte do País, as indicações de compra continuam pressionadas pelo fato da saída de muitas indústrias das compras de gado, preocupadas tanto com a inconsistência do consumo doméstico, quanto pela menor demanda para exportação, sobretudo por parte da China.

Indicador Cepea

Entre 25 de novembro e 2 de dezembro, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (estado de São Paulo, à vista) recuou 1,4%, fechando a R$ 274,30 na quarta-feira (2/12).

Confira as cotações desta quinta-feira, 3 de dezembro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 2531/@  (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 260/@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 257@ (prazo)
vaca a R$ 246@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 256@ (prazo)
vaca a R$ 245/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 257/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 258/@ (à vista)
vaca a R$ 248/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 253/@ (à vista)
vaca a R$ 244/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca R$ 251/@  (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 253/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@  (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 272@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 273/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 2631/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 263/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 265@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 264/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 254@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 246 (à vista)
vaca a R$ 237/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

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